11 de outubro de 2011

Um acto de Justiça e de Misericórdia



Um acto de Justiça e de Misericórdia 

Foi o Papa São Gregório Magno quem declarou «É melhor que o escândalo rebente do que a verdade fique por dizer.» Seja qual for o nosso estado de vida, cada um de nós é membro da Igreja militante, um soldado de Cristo. Por isso, cada um de nós tem por dever defender a Igreja na medida das suas capacidades. Como o Papa São Félix III afirmou: «Não se opor ao erro é aprová-lo e não defender a verdade é suprimi-la; com efeito, não denunciar o erro daqueles que praticam o pecado - quando o podemos fazer - não é pecado menor do que apoiá-los.» 

Deveria ser evidente para qualquer Católico que o tempo está a esgotar-se - quer para os elementos humanos da Igreja quer para toda a civilização em geral. Tal como afirmou São Paulo, “Deus não será escarnecido”. Se alguma coisa aprendemos da História da Salvação, é que: sempre que os Homens se rebelam contra Deus - numa escala maciça como a que estamos agora a testemunhar -, o Mundo será rápida e terrivelmente punido com um castigo vindo de Deus. Ora a Mensagem de Fátima não é senão um aviso de que um tal castigo está iminente no nosso tempo, se os Homens não se afastarem do pecado. 

A Virgem de Fátima facultou-nos os meios de evitar essa punição, embora nós saibamos que foram homens da Igreja que desdenhosamente rejeitaram essa oferta do Céu. Tal como os Reis de França - que desdenharam do pedido, tão simples, de Nosso Senhor para que essa Nação fosse consagrada ao Seu Sagrado Coração - os homens que hoje controlam o aparelho de estado do Vaticano traçaram uma rota com destino à catástrofe - uma catástrofe incomparavelmente maior do que aquela que se abateu sobre a França. 

Mas ainda há tempo de arrepiar caminho. Foi a suprema urgência da nossa situação que nos moveu a escrever este livro e a apresentar as sérias acusações que ele contém. Apresentámos-lhe, leitor, o nosso caso - não como um acto de provocação meramente gratuito, nem sequer com base na justiça inerente a esta causa; mas também como um acto de misericórdia - misericórdia não só para com as vítimas do grande crime contra Fátima, mas também para com os próprios acusados, que à Caridade ficam devedores de uma oportunidade de serem confrontados com a magnitude daquilo que fizeram, de modo a poderem mudar o seu percurso e começarem a reparar os seus erros antes que seja tarde demais para eles - e para nós. Evocamos aqui os ensinamentos de São Tomás: «Devemos ainda lembrar-nos de que, quando alguém censura caridosamente o seu Prelado, isso não significa que pense ser melhor do que ele; mas sim que está simplesmente a oferecer a sua ajuda a quem, ‘estando entre todos em mais alta posição, está por isso mesmo em maior perigo’ como observa Santo Agostinho…» Os actos e as omissões dos acusados não só põem em perigo a segurança temporal da Igreja e do Mundo como a salvação eterna de almas sem conta. Como poderíamos nós ficar calados diante deste perigo? 

Pedimos-lhe o seu veredicto
  
Chegou assim o momento, leitor, de nos dar aquilo a que chamámos ‘o seu veredicto’. Tal como dissemos no início deste livro, não pedimos (nem podemos) um veredicto de culpa semelhante a um pronunciamento jurídico, porque isso não nos compete a nós nem a si, leitor. Pedimos apenas a sua concordância, na nossa condição de filhos ou filhas da Santa Igreja Católica, em como aquilo que os acusados fizeram justifica que se faça uma petição ao Sumo Pontífice João Paulo II, ou ao Seu sucessor, para que se investigue e se dê, efectivamente, remédio ao que é - objectivamente falando - um crime contra a Igreja e contra a humanidade.

Acreditamos que as provas que apresentámos impõem um dever que não pode ser ignorado pelos Católicos de boa vontade. É já agora impossível permanecer neutral neste ponto crítico da luta pela Igreja e pelo Mundo. Acabámos de lhe mostrar as provas - que são esmagadoras. E, tendo-as visto, tem de tomar uma decisão. 

Oramos para que a sua decisão seja a de se juntar a nós, neste esforço, embora humilde, de começar a endireitar o que tem andado tão terrivelmente mal. Nós (por nós mesmos) somos de pequenina importância no grande drama de Fátima; mas trabalhamos pela causa d'Aquela que - pela vontade de Deus - se afirma no centro mesmo da Mensagem. E a Senhora não faltará ao que prometeu, se os Seus filhos, libertos dos desígnios de homens que laboram no erro, fizerem aquele poucochinho que Ela lhes pedira: «Se fizerem o que Eu disser, salvar-se-ão muitas almas e terão Paz. (…) Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará.» 

Para além de obedecer àquilo que Nossa Senhora de Fátima lhe pediu pessoalmente, leitor - como seja rezar o Terço todos os dias -, outra acção prática que pode ser feita é fotocopiar e assinar a petição que se segue, (veja-se capítulo 18) e enviá-la ao editor deste livro* que a encaminhará para o Papa. 

Esta petição serve ainda como um sumário das questões fundamentais que apresentámos neste livro, e pode ser usada para, através de fotocópias, divulgar o seu conteúdo junto daqueles que não têm tempo ou inclinação para ler este livro na íntegra. 

Associação Missionária, c/ R. Feliciano de Castilho. No 111,
2o Esq., 3030-325 Coimbra, Portugal


 





Fonte: Retirado do livro "O Derradeiro Combate do Demônio" | Capítulo 17 | P. 263

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