Salve Maria!
Hoje é dia de São Jerônimo, patrono de nosso blog.
Biografia de
São Jerônimo
(../../347 - 30/09/420)
Presbítero, Confessor
Santo Padre da Igreja
Doutor Máximo nas Sagradas Escrituras
São Jerônimo
(../../347 - 30/09/420)
Presbítero, Confessor
Santo Padre da Igreja
Doutor Máximo nas Sagradas Escrituras
Seu verdadeiro nome era Eusébio, en latín, Eusebius Sophronius Hieronymus, que havia herdado de seu pai. Jerônimo é somente um sobrenome, o qual ficou mais tarde sendo designado ao ilustre sábio.
Nasceu em Estridão, cidade localizada entre a Dalmácia, e da Panônia, de uma família cristã.
Na segunda metade do quarto século, enquanto nas Gálias surgiam dois grandes homens. Hilário e Martim, surgiam outros dois na África: Santo Optat, bispo de Mileva, e Agostinho, que acabara de nascer em Tagasta, em 354. Ambrósio, futuro bispo de Milão, que deveria um dia receber Santo Agostinho na Igreja, tinha então quatorze anos, e estudava em Roma as línguas: grega e latina. Nessa mesma ocasião. Roma viu chegar dos confins da Dalmácia e da Panônia, outro futuro doutor da Igreja, Jerônimo; nascido em cerca do ano de 331 de pais ricos e distintos. Viera para identificar-se com a língua de Virgílio e de Cícero, sob a direção do orador Vitorino e do gramático Donato, célebre comentador de Virgílio e de Terêncio. A Igreja tinha que sustentar acirradas lutas de doutrina, e a Providência suscitava-lhe por toda a parte grandes doutores.
Depois de ter estudado em Roma e viajado pelas Gálias. São Jerônimo permaneceu algum tempo na Aquiléia, e em seguida dirigiu-se a Antioquia em companhia do sacerdote Evrágio; de lá, retirou-se para um deserto, nos confins da Síria e da Arábia. Foram seus companheiros de retiro dois amigos, Inocêncio e Heliodoro, e um escravo chamado Hilas. O sacerdote Evrágio, que era rico, forneceu-lhe tudo de quanto precisava, pagava escribas para auxiliá-los nos estudos, que continuava a fazer, e remetia-lhe de Antioquia as cartas que lhe eram dirigidas de vários lugares. São Jerônimo perdeu dois de seus companheiros: Inocêncio morreu, Heliodoro não tardou a partir, prometendo retornar. O próprio santo foi acometido por repetidas doenças e o que ainda mais o fatigava, assaltado por violentas tentações impuras, que provinham da lembrança dos prazeres de Roma. Como os jejuns e outras austeridades corporais não o libertassem, empreendeu, para dominar a imaginação, um estudo espinhoso: aprender a língua hebraica, sob a direção de um judeu convertido. Depois da leitura de Cícero e dos melhores autores latinos, era-lhe penoso voltar ao alfabeto, e exercitar-se nas aspirações e nas pronúncias difíceis. Muitas vezes abandonou o trabalho, irritado com as dificuldades: muitas vezes o retomou e finalmente adquiriu um profundo conhecimento daquela língua.
Até mesmo no seu deserto da Síria. São Jerônimo foi perturbado pela discórdia que irrompera entre três bispos, um ariano e dois católicos. Queriam saber com qual deles permanecia, se com Vital. Melécio, ou Paulino. O bispo dos arianos e dos católicos do partido de Melécio perguntou-lhe se considerava tais hipóstases na Trindade. Farto dessas perguntas, escreveu São Jerônimo ao Papa São Damaso nos seguintes termos:
"Como o Oriente, agitado por suas antigas violências, dilacera as vestes sem costura do Senhor, julguei meu dever consultar o trono de Pedro, e a fé louvada pela boca do apóstolo, procurando alimento para a minha alma no mesmo lugar onde revesti Cristo por intermédio do batismo. Vossa grandeza me enche de temor, mas vossa bondade me atrai: cordeiro, peço socorro ao pastor. Para trás, pois, inveja: para trás, dignidade e grandeza de Roma! dirijo-me ao sucessor do Pescador e ao Discípulo da Cruz! Não tendo outro senhor a não ser Cristo, estou unido em comunhão à vossa beatitude, isto é, ao trono de Pedro. Sei que a Igreja foi construída sobre essa Pedra. Quem comer o cordeiro fora dessa casa é profano: quem não estiver na arca de Noé, perecera no dilúvio. Como nem sempre posso consultar Vossa Santidade, procuro os confessores egípcios, vossos colegas, como uma barquinha se coloca sob a proteção dos grandes navios. Não conheço Vital, rejeito Melécio. ignoro quem seja Paulino. Quem não se reunir a vós, está disperso; isto é, quem não é por Cristo, é pelo Anti-cristo.
"Perguntam-me se admiti três hipóstases: pergunto o que significam tais palavras. Respondem-me que são três pessoas subsistentes; digo que assim o creio; argumentam que não é suficiente e insistem em que eu pronuncie a palavra. Dizemos em voz alta: "Se alguém não confessar três hipóstases, no sentido de três pessoas subsistentes, que seja anátema". E por não termos pronunciado a palavra sem explicação, tratam-nos como a heréticos. De outro lado, também dizemos: "Se alguém compreendendo por hipóstase essência, não confessa uma hipóstase em três pessoas, é estranho a Cristo", e acusam-nos, tal como a vós, de confundir as três pessoas numa só. Decidi, pois, conjuro-vos; se me aprovardes, não recearei mais dizer três hipóstases; se assim ordenais, será feito um novo símbolo de acordo com o de Nicéia e professada a fé ortodoxa quase nos mesmos termos em que os arianos professam seu erro".
Nasceu em Estridão, cidade localizada entre a Dalmácia, e da Panônia, de uma família cristã.
Na segunda metade do quarto século, enquanto nas Gálias surgiam dois grandes homens. Hilário e Martim, surgiam outros dois na África: Santo Optat, bispo de Mileva, e Agostinho, que acabara de nascer em Tagasta, em 354. Ambrósio, futuro bispo de Milão, que deveria um dia receber Santo Agostinho na Igreja, tinha então quatorze anos, e estudava em Roma as línguas: grega e latina. Nessa mesma ocasião. Roma viu chegar dos confins da Dalmácia e da Panônia, outro futuro doutor da Igreja, Jerônimo; nascido em cerca do ano de 331 de pais ricos e distintos. Viera para identificar-se com a língua de Virgílio e de Cícero, sob a direção do orador Vitorino e do gramático Donato, célebre comentador de Virgílio e de Terêncio. A Igreja tinha que sustentar acirradas lutas de doutrina, e a Providência suscitava-lhe por toda a parte grandes doutores.
Depois de ter estudado em Roma e viajado pelas Gálias. São Jerônimo permaneceu algum tempo na Aquiléia, e em seguida dirigiu-se a Antioquia em companhia do sacerdote Evrágio; de lá, retirou-se para um deserto, nos confins da Síria e da Arábia. Foram seus companheiros de retiro dois amigos, Inocêncio e Heliodoro, e um escravo chamado Hilas. O sacerdote Evrágio, que era rico, forneceu-lhe tudo de quanto precisava, pagava escribas para auxiliá-los nos estudos, que continuava a fazer, e remetia-lhe de Antioquia as cartas que lhe eram dirigidas de vários lugares. São Jerônimo perdeu dois de seus companheiros: Inocêncio morreu, Heliodoro não tardou a partir, prometendo retornar. O próprio santo foi acometido por repetidas doenças e o que ainda mais o fatigava, assaltado por violentas tentações impuras, que provinham da lembrança dos prazeres de Roma. Como os jejuns e outras austeridades corporais não o libertassem, empreendeu, para dominar a imaginação, um estudo espinhoso: aprender a língua hebraica, sob a direção de um judeu convertido. Depois da leitura de Cícero e dos melhores autores latinos, era-lhe penoso voltar ao alfabeto, e exercitar-se nas aspirações e nas pronúncias difíceis. Muitas vezes abandonou o trabalho, irritado com as dificuldades: muitas vezes o retomou e finalmente adquiriu um profundo conhecimento daquela língua.
Até mesmo no seu deserto da Síria. São Jerônimo foi perturbado pela discórdia que irrompera entre três bispos, um ariano e dois católicos. Queriam saber com qual deles permanecia, se com Vital. Melécio, ou Paulino. O bispo dos arianos e dos católicos do partido de Melécio perguntou-lhe se considerava tais hipóstases na Trindade. Farto dessas perguntas, escreveu São Jerônimo ao Papa São Damaso nos seguintes termos:
"Como o Oriente, agitado por suas antigas violências, dilacera as vestes sem costura do Senhor, julguei meu dever consultar o trono de Pedro, e a fé louvada pela boca do apóstolo, procurando alimento para a minha alma no mesmo lugar onde revesti Cristo por intermédio do batismo. Vossa grandeza me enche de temor, mas vossa bondade me atrai: cordeiro, peço socorro ao pastor. Para trás, pois, inveja: para trás, dignidade e grandeza de Roma! dirijo-me ao sucessor do Pescador e ao Discípulo da Cruz! Não tendo outro senhor a não ser Cristo, estou unido em comunhão à vossa beatitude, isto é, ao trono de Pedro. Sei que a Igreja foi construída sobre essa Pedra. Quem comer o cordeiro fora dessa casa é profano: quem não estiver na arca de Noé, perecera no dilúvio. Como nem sempre posso consultar Vossa Santidade, procuro os confessores egípcios, vossos colegas, como uma barquinha se coloca sob a proteção dos grandes navios. Não conheço Vital, rejeito Melécio. ignoro quem seja Paulino. Quem não se reunir a vós, está disperso; isto é, quem não é por Cristo, é pelo Anti-cristo.
"Perguntam-me se admiti três hipóstases: pergunto o que significam tais palavras. Respondem-me que são três pessoas subsistentes; digo que assim o creio; argumentam que não é suficiente e insistem em que eu pronuncie a palavra. Dizemos em voz alta: "Se alguém não confessar três hipóstases, no sentido de três pessoas subsistentes, que seja anátema". E por não termos pronunciado a palavra sem explicação, tratam-nos como a heréticos. De outro lado, também dizemos: "Se alguém compreendendo por hipóstase essência, não confessa uma hipóstase em três pessoas, é estranho a Cristo", e acusam-nos, tal como a vós, de confundir as três pessoas numa só. Decidi, pois, conjuro-vos; se me aprovardes, não recearei mais dizer três hipóstases; se assim ordenais, será feito um novo símbolo de acordo com o de Nicéia e professada a fé ortodoxa quase nos mesmos termos em que os arianos professam seu erro".