31 de maio de 2011

Quádruplo fim do Santo Sacrifício da Missa



1) A Santa Missa é um sacrifício latrêutico

No Antigo Testamento procuravam os homens honrar a Deus por toda a espécie de sacrifícios; no Novo Testamento, porém, presta-se maior a honra a Deus com um só sacrifício da Missa do que com todos os sacrifícios do Antigo Testamento, que eram só figuras e sombras da sagrada Eucaristia. Pela Santa Missa se presta a Deus a honra que lhe é devida, porque, por meio dela, recebe ele a mesma honra infinita que Jesus Cristo lhe prestara sacrificando-se na cruz. Uma só Missa presta a Deus maior honra que todas as orações e penitências dos santos, todos os trabalhos dos apóstolos, todos os sofrimentos dos mártires, todo o amor dos serafins e mesmo da Mãe de Deus, porque todas as honras dos homens são de natureza finita, enquanto a honra que Deus recebe pelo santo sacrifício da Missa é infinita, visto que lhe é prestada por uma pessoa divina.

Devemos por isso reconhecer, com o santo Concílio de Trento, que a Santa Missa é a mais santa e divina de todas as obras (Sess. 22). Nosso Senhor morreu especialmente para esse fim, para poder criar sacerdotes do Novo Testamento. Não era necessário que o Salvador morresse para remir o mundo; uma só gota de seu sangue, uma lágrima, uma só oração teria bastado para operar a salvação de todos, porque, sendo essa oração de valor infinito, seria suficiente para remir não só o mundo, mas também mil mundos. Para criar, porém, um sacerdote, devia Jesus Cristo morrer, pois, do contrário, donde se tiraria esse sacrifício que agora oferecem a Deus os sacerdotes do Novo Testamento, esse santo e imaculado sacrifício que, por si só, basta para dar a Deus a honra que lhe é devida? Ainda que se sacrificasse a vida de todos os anjos e santos, mesmo assim esse sacrifício não prestaria a Deus essa honra infinita que lhe dá uma única Santa Missa.


2) A Santa Missa é um sacrifício propiciatório

Que a Santa Missa é verdadeiramente um sacrifício propiciatório, que inclina Deus a
nos perdoar não só a pena mas também a culpa dos pecados, pode-se deduzir já da instituição da sagrada Eucaristia, que foi feita especialmente para a remissão dos pecados: “Este é o meu sangue, que será derramado por muitos, para a remissão dos pecados”, disse Jesus Cristo (Mt 26, 28). A Santa Missa perdoa até os maiores pecados, não imediatamente, mas só mediatamente, como afirmam os teólogos, isto é, Deus, em consideração ao sacrifício do altar, concede a graça que leva o homem a detestar seus pecados e a purificar-se deles no sacramento da Penitência. Quanto às penas temporais, que devem ser expiadas depois da destruição da culpa, são elas perdoadas por virtude da Santa Missa, ao menos parcialmente, quando não de todo. Numa palavra, a Santa Missa abre os tesouros da divina misericórdia em favor dos pecadores.

Desgraçados de nós se não houvesse esse grande sacrifício, que impede à justiça divina que nos envie os castigos que merecemos por nossos pecados: é certo que todos os sacrifícios do Antigo Testamento não podiam aplacar a ira de Deus contra os pecadores. Se se sacrificasse a vida de todos os homens e anjos, a justiça divina não seria satisfeita devidamente nem sequer por uma única falta que a criatura tivesse cometido contra seu Criador. Só Jesus Cristo podia satisfazer por nossos pecados: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 2, 2). Por isso o Padre Eterno enviou seu Filho ao mundo, para que se fizesse homem mortal e, pelo sacrifício de sua vida, O reconciliasse com os pecadores. Esse sacrifício é renovado em cada Missa. Não ha dúvida: o sangue inocente do Redentor clama muito mais fortemente por misericórdia em nosso favor que o sangue de Abel por vingança contra Caim.

Mas também pelos defuntos pode ser oferecido este sacrifício. Por isso o sacerdote, na Santa Missa, pede ao Senhor que se recorde de seus servos que partiram para a outra vida e dormem o sono da paz, e que lhes conceda, pelos merecimentos de Jesus Cristo, o lugar de repouso, da luz e da paz. Se o amor de Deus que possuem as almas ao sair desta vida não basta para purificá-las, essa falta fica reparada pelo fogo do purgatório; muito melhor, porém, a repara o amor de Jesus Cristo por meio do sacrifício eucarístico, que traz às almas grande alívio e, muitas vezes, até a libertação completa de seus sofrimentos. O Concílio de Trento declara que as almas que sofrem no purgatório, pela intercessão dos fiéis, mas em especial pelo santo sacrifício da Missa, podem ser muito auxiliadas. E acrescenta (Sess. 22, c. 2) que isso é uma tradição apostólica. Santo Agostinho exorta-nos a oferecer o sacrifício da Santa Missa por todos os defuntos, para o caso de que não possa aproveitar às almas por que pedimos.


3) A Santa Missa é um sacrifício eucarístico

É justo e razoável que agradeçamos a Deus os benefícios que nos fez em sua infinita
bondade. Mas que digno agradecimento podemos dar-lhe nós, miseráveis? Se Deus nos tivesse dado uma única vez um sinal de sua afeição, estaríamos obrigados a um agradecimento infinito, porque esse sinal de amor seria o favor e dom de um Deus infinito. Mas eis que o Senhor nos deu esse meio de cumprir com nossa obrigação e de agradecer-lhe na Santa Missa a Jesus Cristo. Dessa maneira dá-se a Deus o mais perfeito agradecimento e satisfação; pois, quando o sacerdote celebra a Santa Missa, dá-lhe um digno agradecimento por todas as graças, mesmo por aquelas que foram concedidas aos santos no céu; tal ação de graças, porém, não podem prestar a Deus todos os santos juntos, de maneira que também nesse respeito a dignidade sacerdotal sobrepuja todas as dignidades, não excetuadas as do céu.

A vítima que é oferecida ao Eterno Pai na Santa Missa é seu próprio Filho, em quem pôs toda a sua complacência. Por isso dirigia Davi suas vistas a este sacrifício, quando excogitava um meio de agradecer a Nosso Senhor pelas graças recebidas: “Que darei ao Senhor por tudo o que ele me tem feito?” pergunta ele, e responde: “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor” (Sl 115, 12). O próprio Jesus Cristo agradeceu a seu Pai celeste todos os benefícios que tinha feito aos homens, por meio deste sacrifício: “E, tomando o cálice, deu graças e disse: Tomai-o e distribuí-o entre vós” (Lc 22, 17).


4) A Santa Missa é um sacrifício impetratório

Se já temos a segura promessa de alcançar tudo que pedimos a Deus em nome de
Jesus Cristo (cf. Jo 16, 23), muito maior deve ser a nossa confiança se oferecemos a Deus seu próprio Filho. Este nosso amante Salvador roga por nós sem cessar lá no céu (cf. Rom 8, 34), mas, de modo todo especial, durante a Santa Missa, em que se sacrifica a seu Eterno Pai, pelas mãos do sacerdote, para nos alcançar suas graças. Se soubéssemos que todos os santos e a Santíssima Virgem estão rezando por nós, com que confiança não esperaríamos de Deus os maiores favores e graças. Está, porém, fora de dúvida que um só rogo de Jesus Cristo pode infinitamente mais que todas as súplicas dos santos.

No Antigo Testamento era permitido unicamente ao sumo sacerdote, e isso uma só vez no ano, entrar no santo dos santos; hoje, porém, todos os sacerdotes podem sacrificar todos os dias ao Eterno Pai o cordeiro divino, para alcançar de Deus graças para si e para todo o povo.

O sacerdote sobe ao altar para ser o intercessor de todos os pecadores. “Ele exerce o oficio de um medianeiro”, diz S. Lourenço Justiniano (Sermo de Euchar.), “e por isso deve ser um intercessor para todos os que pecam”. “Dessa maneira”, diz S. João Crisóstomo, “está o Padre no altar, no meio, entre Deus e o homem; oferece a Deus as súplicas dos homens e alcança-lhes as graças de que precisam” (Hom. 5 in Jo). Deus distribui a todo o tempo, sempre que é rogado em nome de Jesus Cristo, suas graças, mas ele as distribui com mais largueza durante a Santa Missa, atendendo às súplicas do sacerdote, diz S. Crisóstomo; pois essas súplicas são então acompanhadas e secundadas pela oração de Jesus Cristo, que é o sacerdote principal, visto que é ele mesmo que se oferece neste sacrifício para nos alcançar graças de seu Eterno Pai. Segundo o Concílio de Trento (Sess. 22, c.2), é especialmente durante a Santa Missa que o Senhor “está sentado naquele trono de graças”, ao qual devemos nos chegar, diz o Apóstolo, “para alcançar misericórdia e encontrar graças no momento oportuno” (Heb 4, 16). Até os anjos esperam o tempo da Santa Missa, diz S. João Crisóstomo (Hom. 13. De incomp. Dei nat.), para pedir com mais resultado por nós, e ele acrescenta que dificilmente se alcançará aquilo que não se consegue durante a Santa Missa.

A Santíssima Virgem, depondo uma vez o Menino Jesus nos braços de Santa Francisca Farnese, disse-lhe: Eis aqui o meu Filho; aprende a torná-lo favorável a ti, oferecendo-o muitas vezes a Deus. Dize, por isso, a Deus, quando vires presente no altar o divino Cordeiro: Ó Pai Eterno, ofereço vos hoje todas as virtudes, todos os atos e todos os afetos de vosso mui amado Filho. Recebei-os por mim, e por seus merecimentos, que Ele nos deu e, por isso, são meus, dai-me as graças que Jesus Cristo pedir por mim. Ofereço-vos esses merecimentos para vos agradecer por todas as misericórdias que tendes usado comigo e para satisfazer por meus pecados. Pelos merecimentos de Jesus Cristo espero alcançar de vós todas as graças, o perdão, a perseverança, o céu, mas especialmente o mais precioso de todos os dons, o vosso puro e santo amor.

30 de maio de 2011

Teologia Mariana de João Paulo II

Salve Maria!

Em vermelho as palavras do Beato Modernista e dito Mariano João Paulo II, em azul as palavras dos Papas Pio VII, Leão XIII, Pio IX, Pio XI, Pio XII  e do Santo Papa São Pio X:


  • Na audiência geral de 25 de Janeiro de 1996, o Papa João Paulo II disse:
«Os exegetas são agora unânimes em reconhecer que o texto do Genesis, segundo o original hebraico, atribui a acção da serpente não directamente
à “Senhora”, mas à sua descendência».

Pio IX, de facto (23.04.1845), tinha escrito:
«… A SantíssimaVirgem esmaga, com seu pé imaculado, a cabeça».

E São Pio X (8.9.1903), escreve: «Maria, que esmagou a cabeça da serpente».

Mesmo Pio XII (26.7.1954), in Pont. Par. 652, escreve: «A Imaculada esmaga, com seu pé, a serpente infernal». (Cf. “Osservatore Romano” 26 de Julho de 1954).

  • Na audiência geral de 30 de Maio de 1996, disse:
«A favor da Imaculada Conceição, cita-se frequentemente, como testemunha bíblica, o capítulo XII do Apocalipse, no qual se fala da Senhora revestida de sol (XII, 1).

A exegese actual converge em reconhecer nesta Senhora a comunidade do povo de Deus, que dará à luz em dor o Messias ressuscitado».

Pio XII, de facto (1.1.1950), in Pon. Par. 597, exprimia-
se diversamente: «Os Doutores escolásticos viram
a Mãe de Deus nesta Senhora revestida de sol…» (Cf.
“Osservatore Romano” 1 de Janeiro de 1950).

«Uma definição dos “títulos marianos” de “Advogada”, “Co-Redentora”, “Mediadora”, não está em linha com as orientações do grande texto mariológico do Vaticano II». (Cf. “Osservatore Romano” 4.5.1997)

Pio VII, por exemplo, em 19.2.1805, escreveu: «… Junto
do trono do seu Divino Filho, como Advogada, pergunta;
como Serva, pede; mas como Mãe, ordena».

Pio XI (8.5.1928), nuna alocução aos peregrinos de Vicenza,
disse: «… O Redentor, pela força das coisas, associou
Sua Mãe à própria obra. Por issso nós a invocamos com o
título de Co-Redentora. Ela deu-nos o Salvador e conduziu-O à Sua obra de Redenção até à Cruz».

E Pio XII escreveu: «... Ele quis a Sua Mãe como Advogada dos pecadores e Mediadora das Suas graças».


  • Na audiência geral de 24 de Abril de 1997, João Paulo II disse:
«Jesus, na cruz, não proclamou formalmente a Maternidade Universal de Maria, mas instaurou uma relação materna, consagrada entre Ela e o discípulo preferido». (Cf. “Osservatore Romano” 24.04.1997)

Leão XIII, por exemplo, em “Octobri Mense” (22.09.1091), escreve: «... Jesus proclamouo
do alto da Cruz, quando confiou ao seu cuidado e ao
seu amor a totalidade do género humano na pessoa do discípulo João!»

João Paulo II recebe o“crisma” – que tem como um dos seus componentes esterco de vaca sagrada! – colocado na sua testa por uma “sacerdotisa”dos satanistas que se auto-designam colectivamente “Shiva”, isto é, Benévola! Aquele gesto é uma cerimónia iniciática da religião fálica de Shiva, ou seja, é um “sacramento luciferino” da trindade do Bramanismo!
Em 2 de Fevereiro de 1986, em Madras, Índia,

29 de maio de 2011

Eduque seu filho(a) para confissão!


O caminho do confessionário!

             Como em toda a educação, aqui é também imenso o papel dos pais, tanto como diretamente como indiretamente. Na formação da consciência as crianças pequenas se guiam totalmente pelo que dizem e fazem os pais. Para elas constituem eles toda a autoridade do bem e do mal: vale o que dizem os pais. Vê-se então que estes devem ter muito boa consciência e muito cuidado em suas palavras e atos, a fim de não formar erradamente os filhos.

            Até cinco ou seis anos, medem as crianças o bem ou mal pelo agrado ou desagrado causado aos pais. Importa, então, agir com muitodiscernimento, agradando-se do bem moral e de desagradando do mal moral, muito mais que de qualquer falta outra que cometas as crianças.   Evite-se dar demasiada importância a certos defeitos puramente naturais: é mais grave mentir que quebrar um prato; muito mais grave vingar-se do que rasgar a roupa no jogo. E os pais devem ser razoáveis no trato dessas faltas, porque pelas suas atitudes é que as crianças julgam da gravidade delas.

            Prestem os pais atenção a certos atos, praticados com intenção deliberadamente má. É interessante notar que as crianças alegam, às vezes, a má intenção como desculpa. “Quebrei o carrinho dele porque ele me bateu”. O que eles alegam como excusante é, pelo contrário, agravante.

            Se a criança é ainda muito pequena, não vamos falar propriamente em pecado, mas é imprescindível mostrar-lhe que fez o mal, e habituá-la a pedir perdão a Deus, relacionando logo o mal com a ofensa a Deus, que é também quem pode perdoar. Os pais perdoam em lugar de Deus...

           A própria maneira de se portarem os pais quando a esse perdão influi na formação do filho para a Confissão, embora não o percebam. De fato, - se perdoam sem exigir arrependimento nem respeito de emenda, dão a entender que a falta é coisa de pouca monta, ou sem valia; e assim pensa a criança que poderá portar-se com a Confissão; - se tomam uma atitude por demais severa, levam a criança a dissimular para escapar aos rigores: e assim poderão mais tarde agir na Confissão, disfarçando pecados ou fugindo ao confessionário por temor: - se perdoam com demasiada facilidade, correm o risco de extirpar da consciência infantil o temor de Deus, o medo de pecar, o arrependimento, o desejo de emenda, facilitando a insensibilidade moral e a recaída nos pecados.

            Se, porém, perdoam, exigindo que se arrependam, e prometam não reincidir, agem acertadamente, porque não tornam muito penosa a confissão da falta (e por extensão a Confissão) e exigem (como Deus exigirá na Confissão) arrependimento e propósito.

            As crianças transferem com muita naturalidade o modo de agir dos pais com relação às suas faltas para a atuação do confessor. É bom, então, que saibam que Deus acolhe com misericórdia o pecador, mas exige que se arrependa e se emende. Muito contribui para a atitude das crianças em face da Confissão a que elas virem ser a dos próprios pais. Se estes se confessam a miúde e falam da Confissão com felicidade, claro que ensinam aos filhos o caminho do confessionário. Os outros, infelizmente, não!

Senso do pecado - Eduque seu filho(a).

            É uma das conseqüências do senso de Deus. O homem perdeu o senso do pecado porque perdeu primeiro o senso de Deus. Se para nós Deus é (e será sempre) o Senhor, Senhor de tudo, Senhor absoluto, então a sua Lei é a suprema regra da vida, e importa obedecer-lhe acima de todas as coisas, sejam quais forem as conseqüências humanas.
           
            E se Deus é para nós o Pai, que nos ama como a melhor das mães ama a seu filho, Pai previdente que faz por nós as maravilhas de sua onipotência e nos dá as mais estupendas provas de seu amor, é preciso amá-Lo de “todo o coração, de toda a alma, com todas as forças”. (Cf. Lc. 10,27). Se dermos à criança o senso de Deus, damos-lhe, por isso mesmo, o senso do pecadoEla sabe e sente que nada há mais importante do que obedecer a Deus, e nada lhe doerá mais do que ofender ao Pai de tanta bondade e tanto amor.

            É este o primeiro aspecto do pecado que devemos apresentar: - ele é uma ofensa a Deus, paga de ingratidão a quem nos ama com amor infinito, é uma recusa de amor de Deus, um “não!” ao Pai do Céu.
           
             Dando à criança esta atitude em face do pecado, é mais fácil dar-lhe o sendo de reparação:

- Se desobedecer a uma ordem do Soberano Senhor, devo apresentar-Lhe desculpas;
- Se ofender a um Pai tão bom, devo dizer-Lhe que estou arrependido e que nunca mais farei essa ingratidão.
           
            Só em segundo lugar apresentaremos os efeitos do pecado em nós. São graves, terríveis:

- Expulsa de nós o Espírito Santo;
- Priva-nos da condição de filhos de Deus;
- Despoja-nos de todos os méritos;
- Entrega-nos ao Demônio;
- Condena-nos ao inferno.
           
            Nada se pode imaginar de pior ... para o homem. Mas o pecado é, antes de tudo, a ofensa a Deus, e só depois podemos considerar o mal que ele nos faz. Primeiro, Deus ofendido; depois, o homem arruinado. É o mesmo ato que produz os dois efeitos; mas consideraremos primeiro o que é mais grave. Este aspecto deve ser mais salientado do que até agora tem sido. Isto não significa que menosprezemos os efeitos do pecado para nós. Não; até porque nada há de mais funesto para o homem, sendo mesmo a única verdadeira desgraça (desgraça) que nos pode acontecer. Aliás, o senso do bem espiritual ajuda-nos a avaliar o mal do pecado. Quem sabe:

- apreciar a beleza da graça santificante;
- prezar o inefável dom da habilitação de Deus em nós;
- estimar devidamente a felicidade de poder gozar da amizade divina.

Esse saberá também avaliar o que seja o pecado:
- rompimento com Deus;
- destruição da vida divina em nós;
- sujeição ao demônio.
           
            Por isso um dos meios eficazes de infundir horror ao pecado é dar o amor ao estado de graça, a prática habitual da virtude, o gosto da consciência tranqüila. O hábito da vida consciente em graça dará o senso do pecado, com o hábito da limpeza da à criança e repugnância à sujeira.
            Mas, (permita a insistência), apesar de tudo, é secundário. O primeiro valor é o que se refere diretamente a Deus: - o pecado é uma ofensa à Bondade Infinita.

Crianças e o SiLêncio
           
            O "silêncio". Indico quase sempre o "silêncio" e dou-lhe uma importância que alguns catequistas reputarão exagerada. Mas não é.

            Já por si exteriorizada e dispersiva, tem a criança atual um mundo trepidante a chamá-la para fora, distraí-la, prendê-la ao sensível. Habituá-la, pois, a um instante de silêncio, chamá-la a concentrar-se, a pensar em determinado assunto que lhe escapa aos sentidos, é ensinar-lhe a dominar o mundo exterior, a fixar o pensamento num objeto desejado, a vencer as próprias distrações, a conseguir aos poucos o domínio das faculdades inferiores pelas superiores. Aplicando-as às coisas religiosas, estamos orientando-a para a oração - que passará de mecânica repetição de palavras, às vezes sem a mínima atenção, para um encontro consciente do homem com Deus, uma verdadeira conversa, uma "elevação da alma a Deus", como quer a própria definição.

           Este "silêncio" tem suma importância, inclusive para nós. Começássemos sempre com ele as nossas orações, e veríamos como escassearia a distração, que corrói como o cupim que deixa da madeira apenas a forma.

Excertos do livro: Preparação para a Primeira Comunhão – Mons. Álvaro Negromonte

27 de maio de 2011

Canibalismo entre homossexuais choca Alemanha

Este artigo foge bastante do propósito deste Blog, porém a notícia foi tão estarrecedora, que penso, além do asco ela possa nos conscientizar ainda mais a quantas anda a humanidade!

Dificilmente fico sem palavras; quase sempre tenho algo para comentar; mas confesso, a hediondice foi tamanha que não consigo pensar em nada!
                                      
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Polícia descobre em controle rotineiro na internet assassinato seguido de canibalismo, que ocorreu há mais de um ano. Autor do crime e vítima, que se deixou matar voluntariamente, conheceram-se por meio de anúncio na web.

O caso veio a público somente nesta quinta-feira (12), depois que a polícia divulgou ter preso na quarta o suspeito de um caso de canibalismo que, nesse meio tempo, confessou e se encontra em prisão preventiva.

O presumível autor do crime, o especialista em computador Armin M., 41 anos, de Rotenburg, no estado de Hessen, foi descoberto ao anunciar na internet que procurava um homem entre 18 e 30 anos, com corpo bonito, para ser "abatido". Entre as respostas que ele recebeu, uma era da polícia, que estava rastreando a rede num controle rotineiro e entrou assim em sua pista. Ao revistar sua casa, na terça-feira (10), os investigadores descobriram fragmentos de um esqueleto, pedaços de corpo humano congelado e inúmeros vídeos.
  
 
Foto da vítima divulgada pela polícia.

O pavoroso crime de que o homem é acusado foi todo registrado em vídeo. Ao colocar um anúncio anterior de conteúdo semelhante na internet, o acusado ficou conhecendo Bernd Jürgen B., engenheiro de 42 anos, de Berlim, do qual se supõe que tinha também tendências canibalistas. Os dois eram homossexuais. O assassinato do engenheiro foi combinado entre ambos que, ao que consta, comeram antes juntos o pênis da vítima, amputado pelo iniciador da ação.

Depois de morto, o engenheiro berlinense foi esquartejado por Armin M., que comeu algumas porções da carne e congelou o restante para ir comendo aos poucos. A vítima estava desaparecida desde novembro de 2001, e só agora seu destino pôde ser esclarecido. O acusado confessou à polícia e repetiu a confissão ao juiz perante o qual foi conduzido. A Promotoria de Kassel, à qual cabe a competência no caso, não tem dúvida nenhuma sobre o estado mental do acusado, caso contrário "ele teria sido encaminhado à psiquiatria" e não à prisão preventiva.

O caso, que ultrapassa os limites da imaginação, chocou a opinião pública na Alemanha e deu origem a inúmeras tentativas de psicólogos e antropólogos de explicar o inexplicável.


26 de maio de 2011

A Missa de Sempre e a Missa "a sabor do vento"



Para preparar o Congresso eucarístico de 1981 foi distribuído um questionário cuja primeira pergunta era esta:

“Dentre estas duas definições: “Santo Sacrifício da Missa” e “Refeição eucarística”, qual adotais espontaneamente?” Haveria muito a dizer sobre esta maneira de interrogar os católicos deixando-lhes de algum modo a escolha e fazendo apelo a seu julgamento pessoal num assunto onde a espontaneidade nada tem a fazer. Não se escolhe sua definição de missa como se escolhe um partido político.
Ai! A insinuação não resulta duma imperícia do redator deste questionário. É preciso convencer-se disto: a reforma litúrgica tende a substituir a noção e a realidade do Sacrifício pela realidade duma refeição. É assim que se fala de celebração eucarística, de Ceia, mas o termo “Sacrifício” é muito menos evocado; ele desapareceu quase totalmente dos manuais de catequese bem como da  pregação. Está ausente do Canon nº. 2 dito de Santo Hipólito.

Esta tendência se une àquela que nós verificamos a propósito da Presença real; se não há mais sacrifício, não há mais necessidade de vítima. A vítima está presente em vista do sacrifício. Fazer da missa uma refeição memorial, uma refeição fraterna é o erro dos protestantes, fazer dela uma festa onde todos são convidados a dançar, pular, bater palmas; enfim fazer dela um banquete continua sendo um erro protestante. Que aconteceu no século XVI? Precisamente o que está para suceder hoje. Eles substituíram imediatamente o altar por uma mesa, suprimiram o crucifixo colocado sobre aquele, e fizeram o “presidente da assembléia” voltar-se para os fiéis. O cenário da Ceia protestante se encontra em Pedras Vivas, a compilação composta pelos bispos da França e que todas as crianças dos catecismos devem utilizar obrigatoriamente: “Os cristãos se reúnem para celebrar a Eucaristia. É a missa... Eles proclamam a fé da Igreja, rezam pelo mundo inteiro, oferecem o pão e o vinho... O sacerdote que preside à assembléia diz a grande oração de ação de graças...”

Ora, na religião católica é o sacerdote que celebra a missa, é ele que oferece o pão e o vinho. A noção de presidente é tomada de empréstimo ao protestantismo. O vocabulário segue a transformação dos espíritos. Dizia-se antigamente: “Dom Lustiger celebrará uma missa pontificial.” Foi-me relatado que na Rádio Notre-Dame, a frase utilizada presentemente é: “João Maria Lustiger presidirá a uma concelebração.”

Eis como se fala da missa numa brochura editada pela Conferência dos bispos suíços:

“A refeição do Senhor realiza primeiramente a comunhão com Cristo. É a mesma comunhão, que Jesus realizava durante sua vida terrestre sentando-se à mesa com os pecadores, que continua na refeição eucarística desde o dia da Ressurreição. O Senhor convida Seus amigos a se reunirem e estará presente entre eles.”

Pois bem, todo o católico está obrigado a responder dum modo categórico: Não! A missa não é isto. Não é a continuação duma refeição semelhante àquela para a qual Nosso Senhor convidou São Pedro e alguns discípulos em uma manhã, à beira do lago, após a Sua ressurreição: “Quando saltaram em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima e pão... Disse-lhes Jesus: “Vinde, almoçai” nenhum dos discípulos, sabendo que era o Senhor, ousava perguntar-lhe: “Quem sois vós”. Jesus chega, toma o pão, deu-lho, e igualmente do peixe” (Jo 21, 9-13).

A comunhão do sacerdote e dos fiéis é uma comunhão com a vítima que se ofereceu sobre o altar do sacrifício. Este Altar é maciço, de pedra; se não o é, contém ao menos a pedra d'ara que é uma pedra sacrifical. Nela se incrustaram as relíquias dos mártires, porque eles ofereceram o seu sangue pelo seu Mestre. Esta comunhão do sangue de Nosso Senhor com o sangue dos mártires nos encoraja a oferecer também as nossas vidas.

Se a missa é uma refeição, eu compreendo porque o padre se volta para os fiéis. Não se preside a uma refeição dando as costas aos convidados. Mas um sacrifício se oferece a Deus, não aos assistentes. É por esta razão que o padre, à testa dos fiéis, se volta para Deus, para o crucifixo que domina o altar.

Insiste-se em qualquer ocasião no que o Novo Missal dos domingos chama “o relato da instituição”. O Centro Jean-Bart, centro oficial do bispado de Paris declara: “No coração da missa há um relato.” Ainda uma vez. Não! A missa não é uma narração, é uma ação.

Três condições indispensáveis existem para que ela seja a continuação do Sacrifício da Cruz: a oblação da vítima, a transubstanciação que a torna presente efetivamente e não simbolicamente, a celebração por um sacerdote que toma o lugar do Sacerdote principal que é Nosso Senhor e que deve ser consagrado por seu sacerdócio.

Assim a missa pode alcançar a remissão dos pecados. Um simples memorial, um relato da instituição acompanhado de uma refeição estaria longe de ser suficiente para isto. Toda a virtude sobrenatural da missa provém de sua relação com o Sacrifício da Cruz. Se não se acredita mais nisto, não se acredita mais em nada da Igreja, esta não tem mais razão de ser, não se deve pretender mais ser católico. Lutero havia compreendido muito bem que a missa é o coração, a alma da Igreja. Ele dizia: “Destruamos a missa e teremos destruído a Igreja.”

Ora, nós percebemos que o Novus Ordo Missae, isto é, a nova regulamentação adotada após o concílio, se alinha sobre concepções protestantes, ou pelo menos se aproxima perigosamente delas. Para Lutero a missa pode ser um sacrifício de louvor, ou seja, um ato de louvor, de ação de graças, mas não certamente um sacrifício propiciatório que renova e aplica o Sacrifício da Cruz. Para ele o Sacrifício da Cruz se realizou num momento determinado da história; é prisioneiro desta história, nós não nos podemos aplicar os méritos de Cristo a não ser pela nossa fé em sua morte e em sua ressurreição. Ao contrário, a Igreja afirma que este sacrifício se realiza misticamente, de uma maneira incruenta, pela separação do corpo e do sangue sob as espécies do pão e do vinho. Esta renovação permite aplicar aos fiéis presentes os méritos da cruz, perpetuar esta fonte de graças no tempo e no espaço. O Evangelho de São Mateus termina com estas palavras: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

A diferença de concepção não é pequena. Não obstante fazem-se esforços para reduzi-la, pela alteração da doutrina católica, e desta alteração se podem observar numerosos sinais na liturgia. Lutero dizia: “O culto se dirigia a Deus como uma homenagem, de agora em diante ele se dirigirá ao homem para consolá-lo e iluminá-lo. O sacrifício ocupava o primeiro lugar, o sermão vai suplantá-lo”. Isto significava a introdução do culto do homem, e na igreja, a importância dada à “liturgia da palavra”, a importância do bem estar dos fiéis, a importância dos sentimentos dos fieis, para que estes fiéis pudessem se abrir e assim fossem  iluminados e libertos. Os novos missais, esta revolução se realizou neles. Uma leitura foi acrescentada às duas que existiam, bem como uma “prece universal” utilizada freqüentemente para transmitir idéias políticas ou sociais; contando com a homilia, termina-se num desequilíbrio em proveito da palavra. Acabado o sermão, a missa está bem perto de seu fim.

Na Igreja, o sacerdote é marcado por um caráter indelével que faz dele um ''alter Christus”; só ele pode oferecer o Santo Sacrifício. Lutero considera a distinção entre clérigos e leigos como “a primeira muralha elevada pelos romanistas”; todos os cristãos são sacerdotes, o pastor não faz senão exercer uma função presidindo a “missa evangélica”. No novo “ordo”, o “eu” do celebrante foi substituído pelo “nós”; escreve-se por toda a parte que os fiéis “celebram”, são associados aos atos cultuais, lêem a Epístola, eventualmente o Evangelho, distribuem a comunhão, fazem por vezes a homilia, que pode ser substituída por uma troca em pequenos grupos sobre a Palavra de Deus”, reúnem-se com antecedência, para “estabelecer” a celebração do domingo.

Se é a assembléia que conta, compreende-se que as missas particulares sejam mal consideradas, o que faz com que os sacerdotes não as rezem mais, pois é cada vez menos fácil encontrar uma assembléia sobretudo durante a semana. É uma ruptura com a doutrina invariável: a Igreja tem necessidade da multiplicação dos Sacrifícios da missa tanto para a aplicação do Sacrifício da Cruz como para todos os fins que lhe são assinalados: adoração, ação de graças, propiciação e impetração (ação de obter graças e bençãos divinas).

Isto não é ainda suficiente, o objetivo de vários é eliminar decididamente o sacerdote. 

Lutero suprimiu o ofertório: por quê oferecer a Hóstia pura e sem mácula se não há mais sacrifício? A fórmula utilizada lembra mais uma ação de graças, um agradecimento pelos frutos da terra. Para se dar conta disto basta compará-la com as fórmulas tradicionalmente empregadas pela Igreja, onde aparece claramente o fim propiciatório e expiatório do sacrifício, “que vos ofereço... pelos meus inumeráveis pecados, ofensas e negligências; por todos os assistentes e por todos os cristãos vivos e defuntos; a fim de que a mim e a eles aproveite este sacrifício para a vida eterna. Elevando o cálice o sacerdote diz em seguida: Senhor, nós vos oferecemos o cálice de vossa redenção e imploramos a vossa misericórdia que ele suba como suave perfume à presença de vossa divina majestade, pela salvação nossa e de todo o mundo.”

Que resta disto na missa nova? O seguinte: Bendito és Deus do universo, tu que nos dás este pão, fruto da terra e do trabalho dos homens. Nós te apresentamos; ele se tornará o pão da vida”, e igualmente para o vinho que se tornará “o vinho do Reino eterno”. De que serve acrescentar um pouco mais longe: “Lavai-me de minhas faltas, Senhor, purificai-me de meu pecado” e: “Que sacrifício, neste dia, encontra graça diante de ti”? Eu pergunto: Qual pecado? Qual sacrifício? Que ligação pode fazer o fiel entre esta apresentação vaga das oferendas e a redenção que ele está habilitado a esperar? 

Tudo isto não vos faz lembrar de nada? Lutero se inquieta igualmente em criar novos cânticos para substituir “todos os estribilhos da papistaria”; as reformas tomam sempre um ar de revolução cultural.

No novo “ordo”, a parte mais antiga do Canon romano, que remonta à idade apostólica, foi remanejada para aproximá-la da fórmula consecratória luterana, com um acréscimo e uma supressão. A tradução francesa a extrapolou alterando a significação das palavras “pro multis”. Em lugar de “meu sangue... que será derramado por vós e por um grande número”, nós lemos: “que será derramado por vós e pela multidão”. O que não significa a mesma coisa e que teologicamente não é neutro.

Vós pudestes notar que a maior parte dos padres pronuncia hoje sem parar a parte principal do Canon que começa por “Na véspera de sua paixão ele tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos...” sem fazer a pausa incluída pela rubrica do missal romano: “Segurando com as duas mãos a hóstia entre o indicador e o polegar ele pronuncia as palavras da Consagração em voz baixa mas distinta e atentamente sobre a hóstia.” O tom muda, ele se torna intimativo, as cinco palavras “Hoc est enim Corpus mesm” operam o milagre da transubstanciação, do mesmo modo que as que são ditas para a consagração do vinho. O novo missal convida o celebrante a manter o tom narrativo, como se ele procedesse, efetivamente, a um memorial. Sendo a criatividade de regra, vêem-se certos oficiantes recitar o seu texto mostrando a hóstia à roda ou mesmo partindo-a com ostentação para ajuntar o gesto às palavras e ilustrar melhor a sua narração. Tendo sido supressas duas genuflexões dentre quatro, e omitindo-se por vezes as que restaram, tem-se o direito de se perguntar se o sacerdote possui mesmo o sentido de consagrar, supondo que tenha realmente a intenção de fazê-lo.

E então, de católicos perplexos vós vos tornais católicos inquietos: a missa à qual acabais de assistir era válida? A hóstia que recebestes era verdadeiramente o corpo de Cristo?

É um grave problema. Como pode o fiel julgar a respeito? Existem para a validez duma missa condições essenciais: a matéria, a forma, a intenção e o sacerdote validamente ordenado. Se se preenchem as condições, não se vê como se poderia deduzir a invalidade. As orações do ofertório, do Canon e da Comunhão do sacerdote são necessárias à integridade do sacrifício e do sacramento, mas não à sua validade. Uma missa celebrada com os bolinhos com mel do bispo americano de que já falei é certamente inválida, como aquela em que as palavras consecratórias fossem gravemente alteradas ou mesmo omitidas. Eu não invento nada: chamou a atenção o caso dum celebrante que, tendo feito um tal uso da criatividade, muito simplesmente se esqueceu da Consagração. Mas como aquilatar a intenção do sacerdote? Que haja sempre menos missas válidas, à medida que a fé dos sacerdotes se corrompe e que eles não têm mais a intenção de fazer o que sempre fez a Igreja — pois a Igreja não pode mudar de intenção — é evidente.

A formação atual daqueles que são chamados seminaristas não os prepara para celebrar missas válidas. Não se lhes ensina mais a considerar o Santo Sacrifício como a obra essencial de sua vida sacerdotal.

De outra parte pode-se dizer sem nenhum exagero que a maior parte das missas, celebradas sem pedra d'ara, com utensílios vulgares, pão fermentado, introdução de palavras profanas no próprio corpo do Canon, etc., são sacrílegas e pervertem a fé ao mesmo tempo que a diminuem. A dessacralização é tal que estas missas podem chegar a perder seu caráter sobrenatural, o “mistério da fé”, para não serem mais do que atos de religião natural.

Vossa perplexidade assume talvez a forma seguinte: posso assistir a uma missa sacrílega mas que entretanto é válida, na falta de outra e para satisfazer à obrigação dominical? A resposta é simples: estas missas não podem ser objeto duma obrigação; devem-se-lhes aplicar as regras da teologia moral e do direito canônico no que concerne à participação ou à assistência a uma ação perigosa para a fé ou eventualmente sacrílega.

A nova missa, mesmo dita com piedade e no respeito às normas litúrgicas, cai sob o golpe das mesmas reservas, uma vez que ela está impregnada de espírito protestante. Ela traz em si um veneno prejudicial à fé. Posto isto, o católico francês de hoje reencontra as condições de prática religiosa que são as dos países de missão. Nestes, os habitantes de certas regiões não podem assistir à missa senão três ou quatro vezes por ano. Os fiéis de nosso país deveriam fazer o esforço de assistir uma vez por mês à missa de sempre, verdadeira fonte de graças e de santificação, num dos lugares onde ela continua a ser estimada.

Com efeito, eu devo na verdade dizer e afirmar sem medo de me enganar que a missa codificada por S. Pio V — e não inventada por ele como se dá a entender freqüentemente — exprime claramente estas três realidades: sacrifício, presença real e sacerdócio dos padres. Ela tem em conta também, como precisou o concílio de Trento, a natureza do homem, que tem necessidade de alguns auxílios exteriores para elevar-se à meditação das coisas divinas. Os usos estabelecidos não o foram ao acaso, não se pode atropelá-los ou aboli-los de modo súbito, impunemente. Quantos fiéis, quantos jovens sacerdotes, quantos bispos perderam a fé desde a adoção das reformas! Não se contrariam a fé e a natureza sem que elas se vinguem.

Mas justamente, afirmam-nos, o homem não é mais o mesmo que há um século atrás; sua natureza foi modificada pela civilização técnica na qual ele está imerso. Que absurdo! Os inovadores se acautelam bem de revelar aos fiéis o seu desejo de alinhamento com o protestantismo. Invocam um outro argumento: a mudança. Eis o que se explica na escola teológica noturna de Estrasburgo:

“Nós devemos reconhecer hoje que estamos em presença duma verdadeira mutação cultural. Uma certa maneira de celebrar o memorial do Senhor estava ligada a um universo religioso que não é mais o nosso.” Está dito em poucas palavras e tudo desaparece. É preciso recomeçar da estaca zero. Tais são os sofismas de que se servem para fazer-nos mudar a nossa fé. O que é um “universo religioso”? Seria melhor falar francamente e dizer: “uma religião que não é mais a nossa”.

Fonte: Site Permanência

25 de maio de 2011

Pequeno florilégio dos erros e ambigüidades conciliares

1) Na constituição Lumen Gentium,que trata da noção própria de  Igreja, aparece claramente uma definição errada da Igreja, porque  afirma, no artigo 8, que a “Igreja do Cristo” subsiste na Igreja católica e que à “Igreja do Cristo” pertencem também “ elementos de santificação” e “verdades exteriores à Igreja Católica”. Durante dezenove séculos foi ensinado que a Igreja Católica é a única e verdadeira Igreja do Cristo, porque foi fundada por Ele e constitui Seu Corpo Místico, único depositário da Verdade Revelada, na continuidade do ensinamento dele recebido e transmitido por são Pedro e pelos apóstolos a seus sucessores e aos Padres da Igreja, mantido “de mão em mão” (Concilio de Trento ) até hoje. Quem disso se separou foi considerado – a justo titulo – como cismático (seitas e não Igrejas) e, mais, herético, se professou doutrinas contrárias ao depósito da fé (como os luteranos, anglicanos, etc...). As comunidades cristãs que se afastaram da Igreja não podem, enquanto tais, conceder a salvação a seus membros: tendo se separado da única e verdadeira Igreja, estão privadas da ajuda do Espírito Santo, sem a qual a salvação da alma não é possível. E  todas as outras religiões o podem ainda menos. Não tendo sido fundadas pelo Filho de Deus (que além disso não querem reconhecer) não podem ensinar a Verdade que nos foi revelada  sobre os divinos Mistérios e sobre os costumes.
Foi assim que a Santa Igreja sempre ensinou. Diz ela, por acaso, que aquele que não é católico está a priori condenado à pena eterna? Não, porque sempre ensinou que podemos nos salvar com o batismo de desejo: explícito, quando aquele que pede o batismo, ainda estando fora da Igreja, já vive se esforçando para fazer a vontade de Deus, mas morre antes de receber o batismo; implícito, quando, estando, sem falta própria, fora da verdadeira fé, o não católico vive no entanto procurando fazer em tudo a vontade de Deus, afim de não morrer em estado de pecado mortal: ele se salva em sua religião mas não por intermédio de sua religião. O Vaticano II contradiz essa doutrina quando insere na Igreja do Cristo, ao lado da Igreja católica, “elementos de santificação e de verdade” ou ainda de salvação, representados pelas outras denominações cristãs enquanto tais, com suas falsas doutrinas, já formalmente condenadas pelo Magistério. As seitas são assim impropriamente elevadas ao nível de “Igrejas”: isso está expressamente no artigo 3 do decreto conciliar Unitatis Redintegratio sobre o ecumenismo. Trata-se de erro teológico manifesto ao qual se acrescenta também um erro de lógica no artigo 4 seguinte, onde se diz que só a Igreja Católica mantém “toda a plenitude dos meios de salvação” (não mais portanto a unicidade) enquanto que as “Igrejas” dos protestantes e dos cismáticos , enquanto tais constituindo “meios de salvação” utilizados pelo Espírito Santo (!), mostram “carências”. Já que a salvação é evidentemente sempre a mesma (o céu), não se compreende segundo qual lógica os “meios de salvação” dos protestantes e dos cismáticos, afligidos por “carências” e pois deficientes, podem por si mesmos conceder a mesma salvação que aquela que é oferecida pelos meios de salvação da Igreja Católica, meios que não sofrem essas “carências”.
Os heréticos e os cismáticos fariam então parte da “Igreja do Cristo”: é por isso que não se lhes pede para retornarem à única e verdadeira Igreja , depois de terem abjurado seus erros. De fato, o decreto Unitatis Redintegratio  não fala de “volta” mas de “conversão” com um sentido completamente anormal: "a unidade não deve se fazer pela volta dos separados à Igreja Católica, porém antes pela conversão de todas as Igrejas no Cristo total, o qual não subsiste em nenhuma delas mas é reintegrado mediante a convergência de todas em Um” . Uma falsa noção  de “Igreja do Cristo” é pois a base do “dialogo ecumênico” com os ditos “irmãos separados”. A unidade à qual esse “dialogo” aspira é pois falsa, necessariamente aberrante, inclusive no plano lógico, já que devem fazer viver juntos a verdade e o erro: a imutável Verdade revelada confiada à Igreja com os delírios do livre exame individual, do “simul iustus et peccator” e outras coisas semelhantes; a necessidade das obras meritórias para a salvação com sua negação; o casamento “divinitus” indissolúvel com aquele muito solúvel dos protestantes e ortodoxos e etc...

2) A Lumen Gentium foi em seguida marcada por uma concepção errônea da colegialidade episcopal. Com efeito, a suprema potestas iuridictionis sobre a Igreja, que  é outorgada pelo direito divino ao papa, foi atribuída (pelo artigo 22) também ao colégio dos bispos em união com o Papa, coisa nunca antes admitida. Temos, pois, dois titulares do poder supremo (um autentico absurdo jurídico) com a única diferença de que os bispos não a exercem sem a autorização do Papa. Em substância, essa fórmula de compromisso deixa as conferências episcopais praticamente livres para exercer as amplas autonomias e competências que lhes são reconhecidas ex novo pelo Concilio (decreto Christus Dominus, artigo 37), sobretudo em matéria litúrgica, para experimentar e adaptar os ritos às culturas locais (constituição Sacrosanctum Concilium, artigos 22,39, 40). O controle da Santa Sé sobre o comportamento dos bispos se reduziu, em substância, a constatar as iniciativas das Conferencias Episcopais, agora que a “potestas” da qual estão investidos colegialmente  os bispos é “suprema” como a do Papa. As Conferências Episcopais assim pulverizaram a autoridade de cada bispo (a titulo individual). A autoridade do Papa e a autoridade do bispo sofreram uma diminuição impressionante dando vantagem à autoridade do coletivo dos bispos, que goza mesmo de poderes legislativos. A constituição hierárquica da Igreja foi subvertida pela instauração de uma oligarquia episcopal.
Alem disso, a Lumen Gentium trouxe uma outra modificação (artigo 9 e seg.) à noção de Igreja, concebida não como “corpo místico do Cristo” (São Paulo) mas como “povo de Deus”. Agora é a comunidade dos fiéis, presidida pelos padres, que vem a ser a Igreja, como se esta última devesse se constituir essencialmente a partir de baixo, nas assembléias  que constituem a Igreja local, a soma das quais constitui a Igreja Universal. Assim a parte é tomada pelo todo – o “povo de Deus” pela totalidade da Igreja – com o fim de introduzir aí uma visão democrática, próxima ao modo de sentir dos protestantes heréticos, totalmente estranhos à Tradição, a qual, evidentemente, sempre se manteve firme sobre a origem e a natureza sobrenatural da Santa Igreja, manifestada e garantida por sua organização hierárquica.

3) Em contra partida, a constituição Gaudium et Spes que trata da relação da Igreja (a “Igreja do Cristo” ex. artigo 8 da Lumen Gentium) e o mundo contemporâneo, sofre manifestamente de um antropocentrismo difuso, totalmente incompatível com a sã doutrina. No artigo 3 está dito que o “objetivo da Igreja...é salvar o homem, edificar a humanidade... por conseqüência... o Concílio, proclamando a grandeza eminente da vocação do homem... oferece  à humanidade a cooperação sincera da Igreja, em vista de instaurar essa fraternidade universal que corresponde a essa vocação”. Note-se bem: não se pensa em “salvar o homem” pecador por meio da conversão ao Cristo, único que lhe torna possível a vida eterna (Mc. 16, 15-16; Mt.28, 18-20). Não. , Essa Hierarquia pensa conseguir a “salvação” pelo engajamento na instauração da terrestre e mundana “fraternidade universal”, que não tem nada a ver com o fim sobrenatural próprio da Igreja. É a fraternidade das ideologias leigas apodrecidas pelo tempo, das quais a Gaudium et Spes não hesita em extrair outras sementes: “as vitórias da humanidade [e quais seriam elas?] são um sinal da grandeza de Deus e o fruto de seu inefável desígnio” (artigo 34); “o progresso terrestre... é de grande importância para o Reino de Deus” (artigo 39), etc. Essa exaltação do homem encontra acentos impressionantes no artigo 22: “O Cristo...desvela também plenamente o homem a si mesmo e lhe manifesta sua altíssima vocação”. Parece que Nosso Senhor não veio para salvar os pecadores que cressem Nele e se convertessem ("não vim chamar os justos, mas os pecadores” Mc. 2, 17) mas para fazer os homens tomarem consciência dessa grande coisa que ele, homem, é, para exaltar o homem! A altíssima vocação do homem resultaria de afirmações como as seguintes: “que o homem é a única criatura que Deus quis por ele mesmo” (art. 24 cit.) enquanto que “com a Encarnação o Filho de Deus se uniu de certa maneira a todo homem” (art.22 cit.) Por isso os homens “todos, resgatados por Cristo, gozam da mesma vocação e do destino divino” (art. 29). Difunde-se aqui os germes de uma doutrina que nunca fora antes ensinada pela Igreja (porque Deus fez todas as coisa para “Ele mesmo”, para sua glória e nada “para ela mesma”, nem mesmo o homem), e que essa doutrina terá, como é conhecido, seu desenvolvimento no pós-Concílio: que Nosso Senhor, com a Encarnação seria, em certo sentido, unido a todo homem, de modo a poder considerar – por esse único fato – que todos os homens já estariam resgatados, sem necessidade de sua conversão ou de seu retorno ao Catolicismo. E é com essa falsíssima premissa (uma verdadeira armadilha para seus partidários) que se instaurou o “dialogo” com as outras religiões, para poder constituir com elas também uma unidade planetária, sincretismo não menos monstruoso do que o que é procurado com os heréticos e os cismáticos.

4) O Concilio deveria, em seguida, ter repetido a doutrina de sempre sobre as duas fontes da Revelação (a Sagrada Escritura e a Tradição), sobre a inerrância  absoluta da Escritura, sobre a plena e total historicidade dos Evangelhos. Mas na constituição Dei Verbum sobre a revelação divina, esses princípios fundamentais são antes expostos de modo ambíguo (nos artigos muito contestados 9, 11, 19),  com expressões que, em um caso, (no artigo 11) se prestam a interpretações inteiramente opostas, da qual uma reduz a inerrância apenas à “verdade consignada na Escritura para nossa salvação”. O que equivale na pratica a uma heresia porque isso põe em dúvida o caráter absoluto da inerrância das Escrituras Santas.

5) O Concílio, em seguida, pôs em obra a reforma litúrgica, cujos tristes efeitos estão, há anos, sob as vistas de todos. A antiqüíssima e venerável liturgia católica da Santa Missa, coração do Catolicismo, desapareceu, substituída por um novo rito, em língua vulgar, que os Protestantes puderam declarar teologicamente aceitável! De fato, seu Institutio (1969 e 1970) não nomeia nem o dogma da Transubstanciação nem o caráter propiciatório do Sacrifício (graças ao qual nossos pecados nos são perdoados) que também constitui um dogma de fé (Denz. Schönm 938/1739-1741;950/1753). Ao contrario o acento é posto, à maneira protestante, não no Sacrifício do Senhor mas no banquete que é o seu  memorial ou antes o memorial da Ressurreição (mistério pascal) mais do que da Cruz, oferecido para a assembléia dos fiéis sob a presidência do padre, assembléia que agora concelebra no mesmo plano que este último. Nessa missa, o Sobrenatural da verdadeira Missa católica, a repetição incruenta do Sacrifício da Santa Cruz por meio da transubstanciação do pão e do vinho em corpo e sangue do Senhor, desapareceu, sabendo-se que  o Institutio se limita a mencionar uma “presença real” indiferenciada, não qualificada e não qualificadora, porque considera da mesma maneira a assembléia dos fiéis, a pessoa do ministro, a palavra do Cristo e as espécies eucarísticas.
Os últimos estudos puseram em relevo de modo categórico porque o novo rito não pode de maneira nenhuma  se definir como católico. Com efeito, “foi afastado do Rito da Missa tudo o que poderia ter uma relação com a pena devida pelo pecado, como também  a finalidade propiciatória da Missa”. Além disso, segundo a heterodoxa  teologia “dita do mistério pascal”, considerando o rito memorial capaz, por si só, de tornar presente, fora do tempo humano,  os mistérios da morte e da ressurreição  do Cristo, a reforma litúrgica modificou profundamente a estrutura ritual da Missa até  o ponto de eliminar sua dimensão precisamente sacrifical. Isso tornou-se possível também pela utilização de uma noção de símbolo muito particular, de aparência esotérica  - a nosso ver – que lembra as tenebrosas tanto quanto falaciosas doutrinas de um René Guénon e Cia.
Já que a teologia do mistério pascal considera a Eucaristia não mais como um sacrifício visível mas como um símbolo que torna misteriosamente presentes a morte e a ressurreição do Senhor e que permite, através destes fatos, o contacto com o Cristo glorioso, a presença do Cristo Sacerdote  e Vítima cedeu o passo, na ação litúrgica, àquela do Kyrios que se comunica à assembléia. E uma tal, imprópria, quase mágica noção de símbolo, contribuiu para a elaboração de uma nova noção de Sacramento, naturalmente diferente daquela que pertence ao deposito da fé. Pois bem, essa incrível missa do Novus Ordo já estava antecipada nos artigos 7, 10, 47, 48, 106 da constituição conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a reforma litúrgica, a qual, além disso, nos artigos 21, 24,37, 38, 40, 90, 119, considera também a simplificação do rito, para o tornar mais fácil, mais adaptado (!) à cultura profana, nacional e local; atualização a ser conseguida através da criatividade e experiências litúrgicas.Todas essas novidades vão expressamente contra todos os ensinamentos da Igreja. Isso provocou os diversos e múltiplos ritos hoje dominantes, do afro-católico (que se exibe com danças e tambores dentro da própria Basílica de São Pedro em Roma), ao índio-católico, às variantes nacionais e locais e aos ritos pessoais dos diferentes oficiantes de serviço. À ortodoxia e à majestade do Rito Romano Antigo cujo cânon remonta aos Apóstolos, sucedeu a Babilônia do novo rito submisso à aculturação, fruto de uma doutrina perversa.

6) O Vaticano II mostrou que aceitava o conceito leigo da liberdade como “libertas a coactione – liberdade de não ser coagido”, ontologicamente fundada na dignidade do homem enquanto homem, para justificar o caráter lícito de não importa qual culto religioso (declaração conciliar Dignitatis humanæ, artigos 2, 3, 4,). O Concilio justifica assim a liberdade entendida como autodeterminação absoluta do indivíduo, de um individuo que se considera realizado e auto-suficiente, enquanto que a Igreja sempre ensinou que a liberdade não pode se separar da Verdade (revelada) e que a dignidade da pessoa fica obscurecida se nela falta a retidão da vontade que procura o Bem, porque essa dignidade está fundada sobre valores sobrenaturais e não sobre o homem enquanto homem. E o Concílio, por conseqüência, introduziu a idéia da livre procura da verdade por parte da consciência individual, com suas próprias forças naturais, apenas e em união com os homens de boa vontade de todas as crenças e de toda fé (Gaudium et Spes, 16), o que é menos católico do que se possa imaginar. Essa colocação conduziu, por fim, à afirmação de uma substancial independência  da “comunidade política” em relação à Igreja: uma e outra teriam em comum somente o fato de estar “a serviço” de uma geral “vocação  pessoal e social entre os homens”, de modo a poder realizar uma “sã colaboração segundo as  modalidades adaptadas às circunstancias de lugar e de tempo” (Gaudium et Spes, 76) ou ainda segundo os critérios de simples oportunidade. Mas isso se opõe ao ensinamento constante da Igreja, segundo o qual a Igreja tem um primado sobre a “comunidade política” e essa última, mesmo em sua independência relativa, deve contribuir para a salvação das almas por meio da realização e a defesa de um bem comum inspirado nos valores católicos. Deveríamos continuar e pararmos por exemplo nas análises irreais do mundo contemporâneo contidas em Gaudium et Spes, maquiadas com os piores lugares comuns, tirados das ideologias leigas correntes de então e de hoje ou na imagem adocicada e não verídica das religiões não cristãs, apresentadas no artigo 16 de Lumen Gentium  e pela declaração conciliar Nostra Ætate. Mas o que dissemos até aqui nos parece suficiente.

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