7 de julho de 2011

A Missa não é somente a Comunhão



O que falta é a fé
Uma pobre criancinha camponesa, que só tinha umas poucas letras, recebeu um privilégio especial. Quando assistia a missa, ela via o que se passava no altar, via o que João e Madalena viram na Sexta-Feira Santa. Em sua cândida simplicidade, cria que todos viam o mesmo; assim, não tinha por isso qualquer vaidade.
Não dizeis: “Se fosse assim comigo!”, pois temos mais que isso: a fé. Os olhos desta criancinha pode-la-ia enganar; a fé não nos enganará: o que nos falta é a fé, e não os olhos. Teresinha jamais tivera tais visões, mas talvez visse mais. Há de se rasgar o véu com a fé e a oração. Veni, Sancte Spiritu... para abrasar-nos a fé.
Contar-vos-ei o que conto aos padres sobre esse tema. Observaram já o quadro que está aqui; vou contar-vos algo que é a lembra perfeitamente esse quadro, mas sem ter que ver com ele. Estava celebrando a missa em uma capela comunitária, acho que uma missa fúnebre. Havia na primeira fila um “demônio” que não deveria estar ali; ele tinha a blasfêmia a figura e no gesto, com um sorriso de desdém. Grande fora a surpresa quando, chegado o momento da consagração, cai o demônio de joelhos; debate-se... ofega...: “Ah! Ah! Oh! Oh!”. Perguntavam se era “um ataque de loucura”. Terminada a missa, aquele homem interroga: “Onde está o padre que estava no altar?” Vieram dizer-me e, em poucos minutos, lá estava eu...
- Senhor, disse ele.
- Não se diz “Senhor”, e sim “padre”.
- Está bem! Padre, que fizestes no altar? É isso mesmo, que fazieis no altar?
- Celebrava a santa missa!?
- Que é a santa missa?
- Não sois católico?
- Não.
- Vossa mãezinha era católica?
- Sim.
- Bem, quando éreis criança ela vos disse que o Filho de Deus foi pregado na cruz em favor da humanidade, por mim e vós?
- Sim, ela mo dissera umas cem vezes.
- Pois bem, sabeis o que é o Calvário?
- Sim.
- Então, a missa é a mesma coisa.
- Mas, atentai que uns dez ou quinze minutos depois que chegastes, vós disaparecestes e no lugar, que beleza!... uma figura, oh! não sei como dizer... mexia os lábios, enquando o sangue caia no cálice... Oh! que maravilha! Durou uns dez minutos, depois a figura sumira e vós, vós retornastes.
Eis o que se deve enxergar a cada manhã em lugar do padre. Tomará a Santa Virgem vos ensine a orar, vos ensine a orara como ela orava na Sexta-Feira Santa, na comunhão dos sofrimentos e dores das divinas chagas. Imaginai a missa que teria celebrado Francisco de Assis, se fora padre! Infelizmente a missa é mais das vezes rotina para o padre e os fiéis.
Sabeis vós qual o grande culpado disso? Ele. Sim vós nos amastes em demasia, Jesus; vós nos destes em demasia. Se vós nos houvera dito para celebrar a missa uma vez por ano, oh! no entanto... há missa todos os dias! sim, destes-nos em demasia! Não desprezamo-la, claro, mas uma missa a mais ou a menos não nos perturba nem um pouco; antes, um milagre. Como se a missa não fosse ela um milagre. A missa é o maior e mais assombroso dos milagres! Quanto temo-la em conta? qual deferência tendes vós por ela?
Por que vi, não cri
Um figurão de Oxford, bom, honesto, mas incréu, casara-se com uma católica, mulher santa. Pouco a pouco ela lhe fala das verdades na religião. Conduziu-o a Roma junto aos jesuítas. Após dois anos de estudos e leituras, acreditou ela ele estar assaz instruído. Por ocasião de uma jornada eucarística, ela lhe pede para acompanhá-la, e ele aceita. Das quatro da manhã até às dez da noite, vão de igreja a igreja. Na volta, diz a mulher:
- Agora que viste, és ou não católico?
- As teorias do livro são muito bonitas, respondeu ele, mas a prática já não é tanto. Dizem que o Cristo está lá e o tratam daquela maneira?... Não acredito; por que vi, não acredito.
Certo dia, parei em uma igreja para rezar. Começava a missa. Escutei um como rumor de orações em voz alta. Que será?... Uma novena a Santo Antônio, depois a São Judas Tadeu, mais uma ainda a Santa Teresa: três santos que roubaram o lugar de Deus! como se a Virgem Santa e os demais santos não estivessem ali também para a missa. Fazei novenas pelas ruas, digo-vos; aqui é a missa, e para missa estão aqui. Se Teresinha e outros santos viessem para assistir a missa, que missa assistiriam!
Tenho entre as mãos um corporal vermelho sangue... que aconteceu? Uma menina mui decente se casou com um judeu que não fazia caso de religião. Eis que um dia, à mesa, falavam de Jesus Cristo presente na hóstia.
- Crês nisto de que ele está lá? disse o judeu.
- Sim, ele está lá!
- Não é forma de dizer?
- Não, ele está lá mesmo.
Então veio-lhe uma idéia para constatar se isso era verdade. Certa noite saiu e foi atè a sacristia, e disse ao sacristão: “Sou um cavalheiro, um advogado; queres me emprestar por esta noite as chaves da sacristia e do tabernáculo?” Ele as conseguiu. Às duas horas da manhã, entra na sacristia, penetra no santuário, abre o tabernáculo, estende o corporal sobre o altar, põe o cibório sobre o corporal... Estava tremendo, e respeitosamente pega uma hóstia e a observa: Era ou não verdade que o Cristo estava ali? Pega o canivete e, mais receoso ainda, parte a hóstia... Jorrou sangue... que cobriu o corporal, o altar, suas mãos. Ficou com medo, tocou os sinos a rebate. Correria, e que surpresa!
O padre é mais nobre que o anjo, o anjo não pode chamar o Cristo de meu irmão; nunca um anjo celebrou missa. Pertence o padre à família do Cristo.
Viver a Missa
Deve-se viver a missa, da missa e para a missa.
Qualquer devoção é insuficiente se a missa não for o centro de nossa vida; a missa é o altar, o resto apenas florezinhas que pomos aqui ou ali. Costumava dizer o cardeal Mercier: “Dêem-me um bom padre que viva a missa, e ei-lo um santo”. Pois bem! Daí-me uma religiosa que compreenda o cálice e a grandeza da missa; não morrerá ela boa e excelente, mas santa por canonizar. Se não se compreende o mistério do altar, se não se sabe o que o padre faz ali, limitamo-nos a nos distrair com rosários e novenas.
A única homenagem à Santíssima Trindade digna dela é a missa: Adoração, louvor, glória, amor, per Dominum nostrum Christum. Vossa missão se inicia na missa: as crianças, os pobres, os doentes viverão de vossa missa. Não começa a missão de uma religiosa no hospital ou na escola, mas no altar. A missa é a grande missão para a salvação das almas. A religiosa que sabe viver a missa é mais eloqüente que todos os predicadores. Não podeis seguir vossos filhos por todo canto, para conservá-los cristãos; mas o sangue deste Abel, que é Jesus, pode o que não podeis. Deveriam ser o cálice e a missa o dínamo das religiosas educadoras e hospitaleiras.
Meu pai era protestante, converteu-se por causa de minha mãe: ela nunca faltara à missa, apesar do muito trabalho que tinha. É preciso criar este ambiente de fé. Aqui no Canadá não existe as multidões que vemos nos outros países indo para a missa. O cálice é o maior arma do apostolado.
Durante a outra guerra [1914-1918] uma granada atingiu e feriu gravemente um diácono religioso. Recuperou-se bem aos poucos. Três anos depois, doente e sem forças, mal podendo falar ou andar, pede à sua mãe para levá-lo a Roma, para que o Papa lhe concedesse o ser padre. Disse o Santo Padre:
- Que tendes vós de especial?... Não podeis pregar nem ensinar o catecismo?
- Não, Santo Padre, mas meu cálice e meus ferimentos podem salvar as almas!
- Não podeis ir em missão, nem conferir os sacramentos?
- Santo Padre, meu Pai, por favor, pela salvação das almas.
- Sois inválido; qual a diferença entre um padre inválido ou diácono inválido?
- Oh! Santo Padre, meu querido Pai, eu imploro! por meu cálice e meus ferimentos! com o sangue dos ferimentos dentro do cálice, salvarei mais almas!
O Papa mandou um médico, um bispo jesuíta, examiná-lo para saber se esse homem ferido podia celebrar válida e decentemente uma missa, e lhe foi dada a permissão. Que apostolado! Quem me dera tivesseis o mesmo vigor apostólico! Vossos sofrimentos, penas, agonias, responsabilidades – tudo enfim no cálice para a salvação das almas. Venha a nós o vosso reino! Venha a nós o vosso reino! Santificação pessoal, santificação comunitária.
O centro do mundo é o altar; o centro do altar, o cálice; no cálice, vosso coração. A missa é a oração perfeita, é sólida, é pão saudável, e não chocolate; quando a dizemos, dizemos tudo. Tende obsessão pela missa. Se sairdes daqui cem, dez vez mais penetrados do sentido da missa, tereis feito excelente
  • A Missa não é somente a Comunhão
O reinado do Coração de Jesus supõe a claríssima noção da eucaristia e da missa. Para que venha o reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos saber o que é a missa. Existe um avanço: primeiro, usamos o missal, contudo ainda não é o bastante. Vejam bem: comecei por vos falar do santo sacrifício: missa e comunhão, e não apenas o sacramento; sacrifício e sacramento, duas coisas que não são iguais, mas se completam.
A missa é a fonte e, de tal fonte, emanam três grandes torrentes:
1º a comunhão;
2º o tabernáculo com a presença real;
3º o ostensório.
Não há torrente, se não há fonte.
Mais das vezes temos a missa como a chave que vai abrir o tabernáculo. A comunhão antes da missa é uma falta teológica. Vai-se à igreja para comungar e não pela missa – erro. A eucaristia é a comunhão, claro, mas a missa não é apenas a ocasião de comungar. Antes da comunhão, há o drama do Calvário, que se desenrola no altar; há a oferenda, a consagração. É o pano de fundo do sacrifício, que não é apreciado. Não existe missa sem comunhão, nem que seja apenas a do padre; mas tampouco há comunhão sem missa: são duas coisas que se completam.
Que é a missa?
Antes de ir ao Pai, Nosso Sehor disse: Consummatum est. É a omunhão que consome, termina, coroa o sacrifício. A missa termina na comunhão – o que se segue é um pequeno acréscimo da Igreja. Quando comungais antes da missa, começais pelo final, o que é contradição. A comunhão é que é o perfeccionamento e coroação do sacrifício. Sempre pode haver exceções, mas sempre exceções.
A missa cantada junto aos anjos é o que se chama de grande prece. Conheço um jovem advogado, bom católico, que todas as manhãs, às seis e meia, comunga. Mal suspeita o que seja a missa. Comunga, depois se esconde atrás do pilar para que a missa não o distraia de sua pequena prece, pois a grande prece, repito, é a missa. Cantam os anjos, mas não quero acompanhá-los... já tenho meu flautim!... É ridículo!
Que é o sacrifício da missa? É o gesto do Cristo Deus que se entrega a seu Pai, ao Calvário e ao altar: “Pai, eis me aqui para a glória vossa; Pai, Pai, aceitai-me... eis aqui.”
Que é a comunhão? É o Cristo a nos convidar: “Meus filhinhos, meus filhinhos, está posto o banquete; agora, consumi-me e deixai-vos consumir; vinde, vinde, experimentai.” É o querido pai, o bom Deus, a nos chamar. Eis o sacramento.
Antes de nós, o Pai. O bom Deus é o primeiro: eis o sacrifício, a missa. Depois, nós, e eis a comunhão. Tudo isso para que capteis a diferença.
A missa é o Cristo da Sexta-Feira Santa, é o Deus que louva e adora conosco.
O Homem-Deus é o que expia conosco e por nós: “Pai, contemplai-me as chagas, o sangue; rogo-vos por eles, pago por eles.”
O Cristo-Deus é o que peticiona: “Pai, meu Pai, meu Deus, meus filhinhos não sabem o que dizem, não sabem dizer obrigado; mas eu vos digo: daí-lhes tudo que lhes é necessário, luz, força, graças, virtudes; são uns pobres maltrapilhos, cumulai-os.”
É tudo isto o drama do Calvário, e tudo antes da comunhão, da comunhão que perfecciona o sacrifício: adoração perfeita do Cristo covosco, expiação perfeita do Cristo covosco, ação de graças perfeita do Cristo convosco, pertição perfeita do Cristo convosco.
A Continuação do Calvário
Não se pode falar do trato divino com palavras humanas, mas com nomes perfeitos, dentro do possível. Diz-se que a missa é a renovação do sacrifício da cruz; não lhe é um acréscimo, é a mesma coisa. Substituamos renovação por prolongamento. Logo, a missa é o prolongamento do sacrifício do Calvário ao longo dos séculos – é a missa do Calvário que se prolonga, desde o Calvário até hoje de manhã.
Suponhamos que temos recebido uma benção radiodifundida do papa. Pio XII está no Vaticano, seus dois secretários estão ao seu lado. Cá estamos nós na capela. Anuncia-se: “O papa vai abençoar-nos”. De joelhos, bem entendido: “Abençôo o pe. Matéo e os que se encontram no retiro etc.” Escutamos, dizia eu, como escutavam os dois secretários a seu lado; era o prolongamento de suas palavras por todo o mundo, mas por acaso era uma renovação? A missa é a radio oficial da Igreja: só existe uma, que se prolonga ao longo dos séculos e que nos mostra o que João e Madalena testemunharam aos pés do Calvário.
Uma missa de vinte séculos!... Podem ser a radio o papa, o bispo ou o padre. Se tivesseis fé! Se a tivesseis, veríeis ao Cristo. A missa é o Calvário, mas com uma variante: no Calvário, a vítima é dolorosa; no altar, a vítima é gloriosa pois, neste momento, suas pisaduras são de glória. O altar católico é oTabor, mas coberto de uma nuvem vermelha de sangue; o altar católico também é o Calvário, Calvário glorificado dos esplendores do Tabor. Em linguagem simbólica e mística, dizem os poetas que a missa é o Natal – é mais ou menos assim: nasce a Criança um pouco menor que em Belém; Maria lhe oferece aos homens. Glória... Para outros, a missa é a Quinta-Feira Santa. Eis ali o Cordeiro... Vinde, vinde, vamos comer a Páscoa. Pois bem! São tudo consolações para o coração. Amanhã, tereis uma missa melhor que a de hoje.
Por que dizer: Se eu estivesse junto com Madalena e São João?... Vós estais com eles todas as manhãs. Não há dois Calvários, nem dois sacrifícios.
A Missa e os Milagres
Somos sequiosos por milagres, como crianças por chocolate; não obstante, estamos bem próximos ao milagre dos milagres. Que são todos os milagres, se comparados à missa? Perde-se a missa por causa de relíquias! O grande milagre, maior que as relíquias, é a missa.
Estava a preparar um retiro em meu quarto. Entra um padre: “O bispo me enviou com um tesouro para mostrar-vos”. Era um cibório relicário, contendo uma hóstia inteira, intacta com sangue. Mandaram analisar o sangue: “perfeito sangue humano”, disse o famacêutico. Se fora católico, teria de acrescentar: “perfeito sangue divino”. Que aconteceu? O bispo enviou-o para perto de seu amigo doente; consagrau por ele, mas do final da missa, morreu o doente, esquecendo de comungar daquela hóstia. Permaneceu um mês no cibório relicário. Quando o abriu, encontrou-o ensangüentado, e a hóstia em perfeita brancura. Grande milagre? Não, pequeno, bem pequeno. Prestem atenção!
Existe uma hierarquia de valores... Sejam mais religiosas que mulheres... Só a missa é um milagre de primeira ordem, de primeira classe. É o único milagre. Nem a ressureção de Lázaro, nem outros milagres que se lhe comparem. São milagres de segunda classe as conversões: a conversão de São Paulo, a de Santo Agostinho. Os demais milagres são de terceira classe: este que acabei de referir é algo belo, mas é um pequeno milagre. Tais milagres não são nada, se comparados ao da missa. Apressamo-nos a ver os pequenos milagres, mas não nos ocupamos do único que há: a missa. É como se eu dissesse: “A santa vai falar-vos”, e vós respondesseis: “Estou ocupada em vigiar a criança que está brincando perto de mim”. Ou ainda, que preferísseis contemplar uma folha ou flor em vez do sol. Ausentam-se em umas dez ou vinte missas para visitar Tereza Neumann... que ausência de doutrina! São verdadeiros todos os fatos ocorridos em sua vida, mas a Igreja não se pronunciou. Os milagres de Paray-le-Monial e de Lourdes são pequenos milagres,se comparados aos milagres contidos naquele do Calvário: eis aí a pura doutrina. Há religiosas que preferem a pequena música das devoções às preces da missa... seu acordeãozinho ao órgão. Não apreciam a missa, a única devoção verdadeira.
A missa tem de provocar um incêndio que deve queimar até a morte.
Na missa, existem três celebrantes, o Cristo-Pontífice, o Cristo-Padre, e vós. Sempre somos em três.
Por que se necessita de um acólito na missa? Não é para entregar as galhetas ou responder as preces, mas para representar o terceiro celebrante, que sois vós ou a comunidade. Por que das cruzes traçadas sobre o cálice?  Per ipsum et cum ipsum. Nele, meu Deus, meu Juiz; por ele, meu Deus e Salvador; com ele, meu Deus e meu Rei, meu bem-amado Esposo. Quem canta assim? A Igreja e eu, junto com ele, para a glória da Trindade. Esta é a razão de ser da encarnação, da redenção, dos sacramentos. Oh! Como queria que vós lêsseis, estudásseis,, meditásseis o cânon da missa! O cânon é um mosaico de preces antigas. O que vem antes e depois do cânon é a moldura.
Vivei a missa! Quando tiverdes dois ou três minutos, dizei a missa que chamo a de “São João”. Compõe-se ela de três preces principais que resumem a missa: oferenda, consagração, comunhão. Copiai do missal a missa da Trindade, ou do Santíssimo Sacramento, ou da Santa Virgem, segundo vossa devoção; levai-a convosco e, nos momentos livres, “celebrai a missa”, em união com as missas que àquele momento se celebram, pois que, tanto ao meio-dia quanto à meia-noite, estamos sempre entre dois altares. Deste modo aprende-se a viver a missa o dia inteiro.
Leio a missa o dia todo: meu anjo da guarda é o acólito da missa, quero morrer celebrando a missa.
A missa é a única homenagem, o único louvor. Atentem bem para o que chamo de “vício” da missa. Os santos devem se aborrecer quando se abandona a missa para lhes orar; chega a ser ridículo como nos falta doutrina! Devoção aos santos, sim; mas não em lugar da missa. Recitem vinte rosários antes, e cinqüenta depois, mas não durante a missa.
Parece que se esqueram um pouco da festa da Santíssima Trindade; é comum não solenizá-la tanto quanto a de São José ou outros; não há paramentos especiais, nem música. Mas a Igreja não se esqueceu: a festa da Santíssima Trindade é a missa. E o único chantre é Jesus. Nem a Santa Virgem, nem os anjos, nem os santos podem entoá-la dignamente. É o coração do rei que canta ao altar. Glória, louva o céu; Glória, entoa o purgatório; Glória, canta a Igreja – todas festas da Santíssima Trindade. Que mais belo que isto?... Nada, nada e nada.
Não há criatura que possa dignamente entoar à Trindade, nem Maria. Só, o Pontífice Supremo entoa dignamente o hino de glória à Trindade. Por meio dele, tornamo-nos chantres maravilhosos, dignos da Trindade. Começemos, já aqui embaixo, a cantar: “Gloria! Hosanna!”, porque será curta a eternidade.
Por ele, com ele e nele, toda a glória, honra e louvor.

Fonte: Site Permanência.

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Ave Cor Mariae!