14 de maio de 2011

A Anti-Igreja

Quando foram distribuídos, entre os padres Conciliares, os primeiros esquemas do Segundo Concílio do Vaticano, interpelaram-me: "V.Sa. acha que, para isso, seria preciso reunir um concílio?" A razão da pergunta é que os esquemas não apresentavam nenhuma novidade.

De fato, a realidade do Segundo Concílio do Vaticano não era o que aparecia. E sim, seus subterrâneos.

Sob uma aparência tradicional, assegurada pela presença dos Srs. Cardeais Ottaviani, Bacci, Ruffini, Brawne e outros, operava o Cardeal Bea, porta-voz das Bnai-Brth judias e demais moçônicos, convencidos de que era momento de ultimar a obra de destruição da Igreja Católica, implodindo-a sobre si mesma.

Estruturou-se, assim, um concílio sui-generis, sem discussão: os oradores sucediam-se ininterruptamente, uns aos outros, vasando na assembléia o de que nutriam seus espíritos. Não havia nexo entre as várias intervenções. Quem as quisesse contestar, deveria inscrever-se na lista dos postulantes da palavra, e aguardar a sua vez, que poderia ocorrer vários dias depois.

De maneira que, no Segundo Concílio do Vaticano, quem fazia tudo eram as comissões. E com tal sobranceria que, logo de início, a mesa da presidência jogou fora os esquemas propostos pela comissão preparatória, autorizada pela Santa Sé, ou seja, pelo Papa, a quem, aliás, como chefe supremo da Igreja e Vigário de Jesus Cristo, assiste o direito de propor a matéria a ser tratada nos concílios e a maneira de como fazê-lo.

Eis que o Segundo Concílio do Vaticano constitui-se numa anti-Igreja.

Dogma fundamental da Igreja Católica é sua necessidade para a salvação. Não tem os homens liberdade de escolher sua religião, sua Igreja, conforme seu agrado, ou permissão. Sob pena de condenação eterna, devem ingressar na Igreja Católica Romana. Ora, o Vaticano II, neste ponto, fixa, como doutrina inconteste, precisamente o contrário: todo homem tem liberdade visceral de aderir à religião de sua preferência.

Posta esta antítese, neste ponto básico, necessariamente, sobre ele vão se construir edifícios antitéticos. Por isso, dizemos que o Vaticano II, sem restrição, só por este fato, desliga-se da verdadeira Igreja de Cristo.

Ninguém pode, ao mesmo tempo ser católico e subscrever tudo quanto estabeleceu o Concílio Vaticano II. Diríamos que a melhor maneira de abandonar a Igreja de Cristo, Católica Apostólica Romana, é aceitar, sem reservas o que ensinou e propôs o Concílio Vaticano II. Ele é a anti-Igreja.

fonte: livro "O pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer", página 17.

7 comentários:

  1. A gente vê como o moderno liberal não tem compromisso não apenas para com a Verdade, mas para com o respeito que decorre da sinceridade ou transparência quando sofre contraposição. Para enganar nem precisa focar na intenção de enganar, porque já engana a partir da prepotência nascida de seu egocentrismo. O moderno liberal vem com a astúcia e a mentira de equidade entre opiniões e entre votos, mas é ele que impõe a sua idéia e a sua vontade enquanto finge que ouve os outros, até porque não os responde nem mesmo processa seus questionamentos. É por isso que estamos vivendo o pior encobrimento da história. A mentira para aparentar ser verdade esconde desesperadamente a Verdade, como se isso fosse possível por muito tempo. Como isso não é possível durante todo o tempo e cada vez fica mais incontrolável, tenta-se mantê-lo por meio de violência, já que a ruína de mentira sobre mentira sempre é total.

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  2. O Vaticano II foi a pior coisa que aconteceu na história da Igreja. Nem Lutero foi pior. Lutero pregou heresias e foi condenado, principalmente, isolada. Os modernistas estão lá, no Corpo. É como cancer que só tem efeito enquanto o organismo que o hospeda tem vida.

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  3. Devemos acabar com a inércia nossa e de vez gritarmos através de orações não a essas heresias que aconteceram no Concilio Vaticano II, pois foi através dele que veio anti-igreja, não dá para aguentar mais.
    Que Deus nos ajude.

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  4. Amiga Giovanna,
    Desta vez não posso concordar com o que aqui afirma, com o devido respeito pela sua opinião.
    Não tendo conhecimentos teológicos profundos, mas dada a minha já avançada idade (direi)o Concílio Vaticano II veio dar uma alegria nova, uma renovação à nossa Igreja, toda uma abertura em vários aspectos com os quais todos ganhámos na minha humilde perspectiva.
    Da net: "o Concílio Vaticano II "teve como orientação fundamental a procura de um papel mais participativo para a fé católica na sociedade, com atenção para os problemas sociais e econômicos".[
    Beijinhos,
    Ailime

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  5. Salve Maria

    Desculpe Ailime, vejo que você conheceu os dois lados da moeda então eu só conheço um, que é o da Igreja Pós-conciliar, então posso dizer que estou apaixonado pela tradição da Igreja, pelo mistério que envolve a missa Tridentina, a maravilha que é tratado nosso senhor com total respeito e adoração.
    O que vejo de diferente sim são pessoas mal preparadas conduzindo a missa, padres mal preparados que transformam o Santo Sacrificio em um Baile com palmas e danças. Queria saber se quando Jesus estava indo para o calvário para sua cruxificação ele dançou e bateu palmas queria saber quem estava "patendo" e dançando.
    Não sei sua idade mais respeito como minha mãe. porém eu acho que vocês não sabem o tesouro da tradição.
    Que Nossa Senhora e o Sacradissimo Coração de Jesus ilumine e abençoe.
    Benicio

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  6. Giovanna, Por caridade ajude-nos a divulgar esta aberração liturgica que acontece em Belo horizonte a anos:
    http://extraecclesiamsalusnulla.blogspot.com/2011/05/o-mais-que-escandaloso-rito-proprio-da.html
    Ajude-nos a protestar junto ao senhor Arcebispo desta diocese.
    Obrigado
    Favor desconsiderar o cometário

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  7. Giovana, salve Maria.

    Após ler o texto acima, ocorreu-me um pensamento, o qual neste momento o partilho contigo. Veja o que me diz dele: se o Vaticano II é a anti-Igreja, e se quem o promulgou foi Paulo VI, isso significa que Paulo VI é o pai da Anti-Igreja, é a sua cabeça. E se ele é cabeça da anti-Igreja, pode simultaneamente ser cabeça da Igreja Católica, fundada por Cristo para salvação das almas, onde fora não existe salvação? Pode a mesma pessoa ser papa da verdadeira Igreja e da anti-Igreja ao mesmo tempo? Ora, uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, já ensinava São Tomás de Aquino. Se Paulo VI é cabeça da anti-Igrjea, ou da "outra", como a chamava Corção, pode ele ser também cabeça da verdadeira Igreja? O que me diz?

    Abraços e parabéns pelo novo blog, que se tornou obrigatório para os leitores que buscam bons textos católicos e relacionados a crise conciliar,

    Sandro

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Ave Cor Mariae!