PADRE GABRIELE AMORTH
Famoso Exorcista da diocese de Roma.
CONFISSÕES DO INFERNO
AO MUNDO CONTEMPORÂNEO
AO MUNDO CONTEMPORÂNEO
XI
7. EXORCISMO DE 30 DE MARÇO DE 1976 - Parte I
E – Exorcista.
J – Judas Iscariotes.
( Contra Judas Iscariotes (J) e
Belzebú, demônio do coro dos Arcanjos (B))
A VIRGEM SANTÍSSIMA COMANDA
E - Em nome de Jesus, diz-nos, quem tem de falar?
J - Judas tem de falar.
E - Judas Iscariotes, nós Sacerdotes representantes de Jesus Cristo, coman-damos-te em nome da Santíssima Trindade (...) diz-nos quando é que te vais embora. Judas Iscariotes, fala!
J - Por agora, isso é uma questão supérflua. Primeiramente é preciso pôr os vossos assuntos em ordem (rosna).
J - O assunto que se refere à publicação deste livro (rosna de novo). E isso ainda não é tudo.
E - Que significa “não é tudo?” Diz a verdade, tens de falar. Diz a verdade, em nome (...)!
J - Nós não queremos falar. Já não queremos dizer mais nada.
E - Em nome do Santíssimo Sacramento do Altar, que tu traíste, depois da Última Ceia, tens de falar agora!
J - Se eu tivesse sabido, nunca O teria traído!
E - Nessa santa tarde traíste Jesus e agora, em seu Nome, e em nome de todos os Santos Apóstolos e Papas, que não atraiçoaram Cristo tens de falar. Diz agora a verdade e só a verdade. Tens de falar, Judas Iscariotes!
J - O que está impresso, está em ordem, mas isso não é ainda tudo.
E - Então que é que falta? Diz a verdade em nome (...)!
J - É precisamente isso que nós queremos dizer: Ide para casa, ide-vos embora.
E - Não, agora não vamos para casa! Agora tem de falar Judas Iscariotes e Belzebú. Nós vos ordenamos que digais só a verdade! Em nome (...) tendes de dizer o que a Santíssima Virgem nos quer transmitir por vosso intermédio. Sob as suas ordens tens de falar! Que é que é preciso ainda dizer?
J - Como nós (aponta para cima) A odiamos!
E - Sim, mas em nome de Nossa Senhora do Monte Carmelo, tendes de dizer a verdade!
J - (geme) Não nos podeis exigir isso!
E - Podemos sim! Ela é vossa Rainha e Soberana. Todo o inferno lhe deve obedecer!
J - De acordo, Ela, (aponta para cima), de acordo, Ela deve... (geme como um miserável), Ela lá está com coroa e cetro e sobre a coroa tem essa cruz (os seus gritos comovem). Oh! Como A tememos!
E - Em nome da Santíssima Virgem, diz-nos tudo o que nos tens a transmitir, mas só a verdade!
J - Nós não queremos que uma mulher mande em nós, não queremos.
E - Em nome da Santíssima Trindade, do Pai (...) diz toda a verdade!
J - Tenho de repetir coisas que já foram ditas e tenho de acrescentar coisas novas.
E - Judas Iscariotes, diz tudo o que a Santíssima Virgem te encarregou de dizer, em nome da Santíssima Trindade (...)!
J - Sem entrar em pormenores, Veroba disse que as vossas orações eram um paradoxo, pois sem elas o Aviso já teria surgido. No entanto, o verdadeiro motivo deste retardamento é outro: é para que mais alguns homens ainda se salvem.
E - Continua a falar, diz o que tens a dizer da parte da Santíssima Virgem, mas só a verdade. É Ela quem agora te ordena, Judas!
J - A Santíssima Virgem quer que este maldito livro seja largamente difundido. E isso era só o que nos faltava; que todo o mundo soubesse o que nós tramamos. As pessoas, poderiam talvez mudar de vida, começariam certamente a mudar de vida, começariam certamente a duvidar de tudo o que nós propagamos através de Roma, e voltar-se-iam para a antiga tradição. Só nos faltava mais esta, só nos faltava mais esta.
E - Continua a falar, em nome da Santíssima Virgem. Diz só o que ela quer que transmitas! Fala agora! É tudo?
J - É claro que Ela (aponta para cima) quer que digamos outras coisas.
E - Tens que dizer a verdade, em nome (...)! Tens de falar para a Igreja!
J - Já fiz demais pela Igreja, por esse maldito “caixote de lixo.”
E - Fala agora para a Igreja, a Santa Igreja, que jamais perecerá, em nome (...)!
J - Bem! Não tenho outro remédio senão falar.
E - Sim, as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Vós não tendes poder para destruir a Igreja.
J - Sobre a Igreja falaremos mais tarde. Primeiro quero continuar com o tema que estava a tratar. Da Igreja falaremos mais tarde!
E - Então fala, Judas Iscariotes, diz o que a Santíssima Virgem quer, em nome (...)!
J - Ela quer que eu ainda acrescente mais qualquer coisa ao assunto do sexo e aos problemas da juventude. Ela quer que todos saibam que é preciso falar do altar, sobre esses assuntos, que é preciso pregar sobre as virtudes (respira com dificuldade); que é preciso que todos saibam, como a culpa pesa... ouvis?... como pesa e aonde conduz.
OS PECADOS DOS HOMENS
E - Que culpa, fala em nome (...)!
J - A culpa dos pecados em geral e de cada pecado em particular. Poder-se-á falar de cada um destes pecados separadamente, em sermões diferentes, ou agrupá-los num mesmo sermão, como for mais útil a cada um, mas antes deve invocar-se sempre o Espírito Santo.
E - Judas Iscariotes, fala em nome da Santíssima Trindade (...), Judas, fala!
J - É preciso que a juventude, que os crentes, tomem consciência da gravidade do pecado, como ele é imensamente grave e funesto, de onde vem e aonde conduz, como vem, como poderia evitar-se, o que é preciso fazer para o atenuar, para o eliminar completamente. (geme).
E - Judas Iscariotes, continua a dizer a verdade da parte da Santíssima Virgem, da Rosa Mística!
J - Em primeiro lugar é preciso dizer que a oração é um dos pilares mais sólidos, em que assenta a vida cristã. É preciso proclamá-lo dos púlpitos e não ao microfone. Mil microfones não substituem o púlpito. Quando um Padre fala do púlpito, os fiéis ficam diretamente suspensos da Palavra de Deus. Não olham para a frente, para trás, para os lados, numa palavra, evitam qualquer possibilidade de distração e podem concentrar-se muito melhor.
E - Mas tudo isso já foi dito aqui segundo a vontade da Santíssima Virgem!
J - Sim, já foi dito, mas é preciso que eu volte a repeti-lo, é preciso que seja referido mais uma vez.
E - Quando é que tu falaste disto, Judas Iscariotes? Ainda te lembras? Fala em nome (...)!
J - Sim, em 31 de Outubro.
E - Continua, continua em nome (...)!
J - A culpa é muito maior do que qualquer um de vós o poderá imaginar. Nós, os demônios, somos horríveis. Temos medo uns dos outros.
Temos um aspecto horrível. É-nos insuportável estar próximo uns dos outros. Se ao menos não tivéssemos que nos encarar! Mas temos, a isso somos obrigados! Temos que viver neste charco diabólico por toda a eternidade, e temos que nos encarar.
Temos um aspecto horrível. É-nos insuportável estar próximo uns dos outros. Se ao menos não tivéssemos que nos encarar! Mas temos, a isso somos obrigados! Temos que viver neste charco diabólico por toda a eternidade, e temos que nos encarar.
Quando somos obrigados a olhar o pecado ou a culpa nos homens, apodera-se de nós um grande terror. Podereis assim imaginar a gravidade da culpa, que consegue aterrorizar-nos, a nós demônios, habituados a tantas coisas, que permanecemos dia e noite neste horrível tormento, que somos obrigados a contemplar hora a hora, minuto a minuto, este espetáculo, terrível entre os terríveis. O pecado aterroriza-nos. Assim, podereis imaginar a gravidade da culpa, sobretudo diante d'Aquele que está lá em cima (aponta para cima) e cuja majestade ultrapassa. Tinha de dizer isto (geme dum modo lastimoso)!
A MAJESTADE DE DEUS
E - Continua a dizer a verdade, Judas Iscariotes e só a verdade...)!
B - Se conhecêsseis a Sua Majestade (aponta para o alto)!
Não é Judas que o diz, é Belzebú. Sou eu, Belzebú, quem a partir deste momento vai falar.
Não é Judas que o diz, é Belzebú. Sou eu, Belzebú, quem a partir deste momento vai falar.
E - Bom, tu conheceste melhor do que Judas a majestade de Deus. Fala, em nome (...)!
B - É que Judas não contemplou a Majestade de Deus. Isto é, ele viu a humanidade de Deus e a partir dela conseguiu deduzir algo da sua majestade. Mas Judas não viu Deus na sua grande majestade, como eu o vi (suspira). Sabeis como é?
Eu vi-o, isto é, não como vocês o hão de ver um dia. Mas pude compreender a sua grandeza e uma grande parte foi-me dada a sentir e a conhecer. Nós não possuíamos ainda a beatitude total perfeita, mas já tínhamos atingido um grau elevado. Mas tínhamos inveja d'Ela (aponta para o alto), nós não queríamos dar-Lhe o prazer de nos governar ou dominar. Daí deriva o que irá seguir-se.
E - Continua a dizer a verdade Belzebu, em nome da Santíssima Virgem, que te ordena que fales, mas diz só a verdade!
B - De fato, Ela é-nos superior, é-nos terrivelmente superior.
MARIA, MÃE DA IGREJA
E - Fala Belzebú em nome do Pai (...) e sob as ordens da Imaculada Conceição!
B - Foi precisamente a mim que Ela escolheu para dizer isto. Se Ela tivesse escolhido Allida, mas Ela quer que seja eu. Agora, escutai bem! Tenho de falar, Ela obriga-me.
E - Tanto melhor. Fala em nome (...)!
B - Ela lá está, com a coroa e o cetro. Ela lá está, quase que me esmaga. Foi assim: a princípio, com os Apóstolos, quando Ela, a Mãe (aponta para cima), vivia ainda, foi Ela por assim dizer, a orientadora da Igreja, que começava a dar os seus primeiros passos.
Ela tinha que rezar para que a Igreja se desenvolvesse convenientemente, para que se desenvolvesse como (rosna)...
E - Em nome do Pai, do Filho (...) diz a verdade!
B - ...como devia desenvolver-se, segundo a vontade do Espírito Santo. Ela ficava dia e noite de joelhos, rezava para que a Igreja crescesse e se libertasse do Antigo, isto é, da lei mosaica e que a circuncisão desaparecesse. Ela compreendia que a circuncisão fôra conveniente numa determinada época e que, segundo a lei dessa época, tinha sido necessária. Mas depois da vinda de Cristo e da Sua obra, já não o era. Jesus Cristo ainda se submetera à circuncisão, mas Ele não queria que ela continuasse. A partir desse momento existia o Santo Sacrifício da Missa (rosna).
E - Belzebú, continua, sob as ordens da Santíssima Trindade, do Pai (...) da Imaculada Conceição, sob cujas ordens, hoje, tens de falar!
B - A Santíssima Virgem estava presente, quando os Apóstolos celebraram a primeira Missa.
Depois da Ascensão de Cristo, a Santíssima Virgem participava sempre da Santa Missa celebrada pelos Apóstolos e recebia a Sagrada Comunhão. Preparavam-se durante horas para a Santa Missa. Quem é que procede assim, nos tempos de hoje? Poucos ou nenhuns. Muitas vezes os Apóstolos preparavam-se dias inteiros só para a celebração de uma Missa.
Certa ocasião, a Santíssima Virgem retirou-se durante dez dias para rezar dia e noite. Então foi levada ao Céu e pôde contemplar a majestade infinita de Deus. Deus, a Santíssima Trindade, ordenou-nos a nós, lá em baixo, que subíssemos do inferno (aponta primeiro para baixo e depois para cima). Ainda não era a esfera celestial perfeita, mas já era uma esfera superior. Fomos obrigados a subir e a contemplar essa criatura, quer o desejássemos, quer não.
A Santíssima Trindade obrigou-nos a contemplá-La, na sua majestade, quase perfeita. A sua majestade e esplendor eram maiores do que quando a tínhamos visto anteriormente. A Santíssima Virgem vencera, tinha-nos vencido. Vimo-La revestida de Sol. Seja como for, vimo-La em grande majestade, com a lua a Seus pés, isto é, o mundo. O mundo inteiro é significado pela lua, que Ela tem aos pés, e como adversário a serpente, que nos representa a nós.
Como nós suplicamos a Deus! Como nós imploramos a Majestade Divina, que afastasse aquela visão! Até Lhe suplicámos que nos precipitasse imediatamente ao inferno, a fim de que nos pudéssemos afundar nas esferas infernais, de tal modo nos era difícil suportar o seu olhar! Mas Ele não nos deixou partir. Tivemos ainda de suportar uns momentos aquele olhar terrível (solta gemidos cheios de desespero).
E - Fala em nome da Santíssima Trindade, do Pai (...)!
B - Não podeis imaginar o tempo que passamos em deliberações para descobrir a melhor forma de enfraquecer ou molestar, nem que fosse só um pouco, aquela criatura! (aponta para cima). Mas nada conseguimos. Ela vencia-nos em toda a parte. Era soberana em toda a parte. Durante anos, durante séculos, deliberamos, para vencer o que podíamos, o que poderíamos fazer, quando Ela lá estivesse. E quando isso aconteceu, nós nem sequer A reconhecemos imediatamente...
E - Não A reconheceram imediatamente?
B - ...Imediatamente, não. Sentimos que devia ser Ela. Sentimos que devia tratar-se duma criatura extraordinária, incrivelmente virtuosa, sobre quem não tínhamos qualquer poder. O porque, não o compreendemos logo (rosna e geme violentamente)... nem compreendemos quem se escondia lá atrás. Eu, Belzebú e Lúcifer, convocamos todo o Conselho.* Quando tivemos a certeza absoluta de que era Ela, deliberamos longamente, dia e noite, a ver o que poderíamos fazer para A prejudicar. Até convocamos os melhores mágicos.
Ordenamos-lhes que A (aponta para cima) molestassem, no seu corpo e na sua alma, para que a sua força enfraquecesse, a sua oração não nos fosse tão desastrosa, e para que deixasse de exercer um poder tão grande. Nós já víamos que seria Ela quem teria, mais tarde, a Igreja nas mãos. O próprio Pedro caía a seus pés, quando era preciso (resmunga). Ela tem um poder imenso, porque Ela é a criatura mais perfeita e a mais amada por Deus. Foi um ser duma perfeição incrível. Depois de Deus, está milhares e milhares de vezes acima das criaturas. Mesmo o seu esposo, S. José, que estava milhares e milhares de vezes acima dos outros homens, era-lhe ainda imensamente inferior.
Então prosseguimos nas nossas deliberações, e os feiticeiros concordaram fazer tudo, para a molestar. Tudo tentaram, mas Ela perseverava na oração e continuava imperturbável. Apercebia-se certamente do que fazíamos, mas nada conseguimos. Não conseguimos molestar esta terrível criatura, pois Ela não estava submetida no pecado original como o resto da humanidade.
Nem mágicos, nem feiticeiros, nem ninguém lhe poderia fazer mal. Nós, demônios e os feiticeiros, só podemos molestar as criaturas humanas, e dum modo especial, os possessos. Mas sobre Ela, os mágicos infernais não tinham qualquer influência. Acometeu-nos então uma fúria infernal, um furor louco de que só o inferno é capaz, quando verificamos que todos eles nada podiam contra esta criatura incompreensível, predestinada por Deus. Então precipitamo-nos sobre mágicos e feiticeiros e neles descarregamos todo o nosso furor. Receberam o dobro do mal que Lhe (aponta para cima) deviam ter feito (geme).
E - Continua Belzebú, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em nome da Imaculada Conceição, sob cujas ordens tens de falar agora. Diz a verdade!
B - É para mim um tormento horrível que tenha de ser eu a falar destas coisas. Precisamente eu!
E - Continua a dizer a verdade e só a verdade! Tu não tens o direito de mentir!
B - Deixa-me em paz. A mulher (refere-se à possessa) tem quase um ataque cardíaco; deixa-me em paz!
E - É a Santíssima Virgem que te ordena...
B - Nós não queremos falar mais, não!
E - Tens de falar! Fala!
B - Não, deixa-me em paz! (rosna). E - Tens que falar agora, em nome da Santíssima Trindade (...)!
B - Não se pode descrever a fúria do inferno quando se viu que todas as nossas tentativas tinham sido vãs. Como nada tínhamos conseguido, voltamos a refletir na maneira de A molestar, mas Ela destruiu os nossos intentos perversos e tudo o mais. Ela é mais poderosa do que nós. É que Ela era uma criatura escolhida por Deus, escolhida dum modo especial. Enquanto a Terra subsistir até ao fim do mundo, nunca se encontrará ninguém que se assemelhe, e desde o começo do mundo até a eternidade jamais haverá alguém que se lhe possa igualar. E Ele, lá em cima (indica os Céus), não podia ter imaginado nada mais atroz, não podia lembrar-se de nada mais vergonhoso, do que obrigar-nos a subir a essa Esfera para nos apresentar esta criatura. Isso foi para nós uma terrível derrota (fala em tom lamuriento).
Teríamos preferido ficar no fundo do inferno, no meio do fogo mais cruel, a ser obrigados a contemplar essa... Nós não podemos dizer o que queremos, mas se isso fosse possível, gostaria de usar expressões bem mais injuriosas. Ela não o permite.
E - Diz a verdade! Tens de falar em nome da Santíssima Virgem, em nome da Santíssima Trindade!
B - Sermos forçados a contemplar esta criatura, revestida da maior Santidade com coroa e cetro, eleita pelo Altíssimo (lança gritos medonhos), foi ultraje para nós. Tenho ainda essa visão diante dos olhos. E essa visão de então, enlouquece-nos ainda (grita).
É como se tudo tivesse sucedido hoje, e o mesmo se passa com os outros. Ainda agora isso nos faz saltar de raiva. Quando pudemos, foi mais uma autorização que uma ordem, voltar ao inferno, lançamo-nos em fúria uns contra os outros. Podeis imaginar como nos maltratamos... pois era-nos insuportável ter de nos ver uns aos outros. É horrível sentirmo-nos dominados por uma criatura assim, por uma mulher! É horrível! É uma loucura!
Relacionado com esta ocasião, devo acrescentar mais uma coisa... (uiva e grita dum modo horrível). Quando Ela foi chamada a colaborar na formação da Igreja, fundada por Seu Filho, mergulhava de tal modo na oração que o Todo-Poderoso teria vontade de segurá-la nas Suas mãos, tal era o Seu deleite.
* Palavra que utiliza a grande vidente espanhola Madre Agreda. Foi durante um 2º Conselho diabólico, depois da morte de Jesus, que se estabeleceu o novo plano de domínio do mundo. O demônio fala aqui no primeiro Conselho, realizado depois de verificarem a identidade de Maria e de suspeitarem da Sua Missão.
A REDAÇÃO DOS EVANGELHOS
Um dia chegou o Apóstolo Barnabé acompanhado de um outro, inclinaram-se diante d'Ela e chamaram-lhe a atenção para a necessidade de escreverem os Evangelhos. Invocaram longamente o Espírito Santo e perseveraram dias inteiros em oração. Rezar assim, já não é vulgar nos dias de hoje, a não ser em circunstâncias e lugares extremamente raros. Sim, rezaram dias inteiros, assaltaram o Céu com orações, para saber quem seria escolhido para escrever os Evangelhos.
E então a Santíssima Virgem designou Lucas, João, Marcos e sei lá quem mais para escrever essa “porcaria.” Como isso nos contrariou.
Podereis imaginar tudo o que sentimos, quando saíram esses textos de Mateus, Marcos, Lucas e João? (rosna furioso). Pensai apenas que estes quatro foram escolhidos pela Santíssima Trindade e pela Santíssima Virgem na sua terrível majestade. Nem mesmo Pedro foi encarregado de o fazer. Nem ele. Ele era a pedra, tinha a missão geral de tudo, e a Igreja fôra fundada sobre Ele. Contudo, a redação dos Evangelhos foi confiada aos quatro Apóstolos, já mencionados.
Podereis imaginar tudo o que sentimos, quando saíram esses textos de Mateus, Marcos, Lucas e João? (rosna furioso). Pensai apenas que estes quatro foram escolhidos pela Santíssima Trindade e pela Santíssima Virgem na sua terrível majestade. Nem mesmo Pedro foi encarregado de o fazer. Nem ele. Ele era a pedra, tinha a missão geral de tudo, e a Igreja fôra fundada sobre Ele. Contudo, a redação dos Evangelhos foi confiada aos quatro Apóstolos, já mencionados.
E - Diz a verdade em nome (...)!
B - Então o Espírito Santo desceu sobre eles, sob a forma de uma pomba, e foi assim que os quatro tinham sido escolhidos. Todos viram. Mas agora não quero continuar a falar.
E - Tens que falar, em nome do Pai (...), em nome da Imaculada Conceição, tens de falar agora; continua Belzebú!
B - Quando Barnabé e ainda um outro foram visitar a Santíssima Virgem, Ela disse-lhes: “Deveis contar em especial a vida de Cristo, compreendeis? É Ele que deve ser glorificado, é Ele que deve estar sempre no primeiro plano. Deixai que eu me apague. Quanto a mim, relatareis apenas a Incarnação e o Nascimento de Cristo, o que é indispensável. Deixareis de lado o resto.” Embora eles estivessem ao corrente e tivessem visto coisas extraordinárias e elevadas não puderam escrevê-las. Isso foi para eles um sacrifício. Mas Ela queria apagar-se por humildade, para que o Filho de Deus, o seu Jesus Cristo, sobre o qual a Igreja fôra fundada, ficasse no primeiro plano.
Mas Ela, a Mãe de Deus, é o grande sinal de Deus e, em certa medida, simboliza também a Igreja. Ele, Jesus, ama a Igreja como uma Esposa. Então, para os dois Apóstolos não ficarem tristes, disse-lhes que Cristo mais tarde haveria ainda de falar d'Ela, através da humanidade ou através não sei de quem (lança gritos horríveis).
E - Maria de Agreda.
B - (Virando-se para o Sacerdote): Adivinhaste: Maria de Jesus, de Agreda. Disso não sabemos mais do que vós. Sim, nós amaldiçoamos esses livros, nós tememo-los. E ser ainda obrigado a confessá-lo... * (rosna e grita ansioso).
* O livro de Agreda, A Mística Cidade de Deus, foi escrito em 1665.
Para adquirir os livros de Maria de Jesus Agreda - Mosteiro Portaceli - Caixa Postal, 595 - CEP:84001-970 - Ponta Grossa - Paraná. ou Editora Correio da Rainha da Paz | Rua João do Couto Satyro, 23 - 82300-540 - Curitiba/PR Telefones (41) 3272-6442 - (41) 3053-0403 - www.rainhadapaz.net
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E - Continua a dizer a verdade e só a verdade em (...)!
B - No maldito começo da Igreja fui deixado de lado. A Santíssima Virgem e os Apóstolos foram os instrumentos. O papel desempenhado por Ela (aponta para cima) foi decisivo; foi-o dum modo extraordinário. Nós nada pudemos fazer. Muitas vezes mergulhava na oração, dia e noite, pelos Apóstolos, para que eles fizessem as coisas como deviam ser feitas. Para que nós não os vencêssemos, Ela rezou muitas vezes dia e noite. E freqüentemente ficava dia e noite de joelhos, sem comer (resmunga desesperado). É por isso que Ela agora goza de um poder tão grande. Isto são verdades sublimes que nós somos obrigados a revelar-vos. Nós bem gostaríamos que este livro saísse sem esta parte (gane como um cão).
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...)!
B - Nós não queremos dizer estas coisas, não queremos... e também não queremos continuar a falar. Eu, belzebú, não quero continuar a falar.
E - Tu, Belzebú, tens de continuar a falar em nome da Santíssima Trindade, em nome da Imaculada Conceição (...)!
B - Então Ela disse que queria ficar em segundo plano. Queria-o unicamente por humildade. Em parte alguma queria aparecer em lugar de destaque, embora fosse uma criatura poderosa. Nós próprios o temos de reconhecer. Ela estava e está a uma enorme distância, acima de nós, a uma grande distância dos vossos Anjos.
E quando eu digo, distância, não me refiro a uma distância em léguas, mas a uma que se perde no infinito. Isto significa “tão longe”, que há uma distância gigantesca entre os Anjos e Ela (geme).
É uma criatura terrivelmente majestosa, mas quis permanecer escondida. Procedeu assim para mostrar aos homens que também eles deviam permanecer ignorados, como também deviam ser humildes. Mas os homens não procedem assim. Nada fazem em relação ao que Ela realizou e ao que foi realizado graças a Ela...
E - Diz a verdade, em nome (...)!
B - Embora os homens não possam nada, não sejam nada, gostam que falem deles, enquanto esta Criatura, infinitamente predestinada, não queria que falassem dEla. Portanto, apagou-se. E isso foi para nós muitíssimo vantajoso. Pois começaram a aparecer seitas (ri maldoso) que não reconheceram esta Criatura. Se Ela tivesse dito abertamente quem era, se os Apóstolos tivessem relatado os milagres extraordinários obtidos por sua intercessão e se tudo isso figurasse nos Evangelhos, essas seitas não teriam crescido como a erva (solta gemidos).
Apareceram então milhares de seitas, seitas que combatem ferozmente a Santíssima Virgem, seitas que combatem os católicos, unicamente porque estes reconhecem esta Criatura predestinada. Elas combatem esta Mulher porque crêem que esta maneira de proceder (dos católicos) põe Cristo em segundo plano.
No entanto, Ela só serviu a Cristo. Só O quis glorificar. Tudo o que fez, foi por Ele e pela Sua Igreja. Ela manteve-se sempre no escondimento e isso foi para nós uma grande vitória. No entanto, procedendo assim, ensinou a humildade, e isso constituiu para nós uma grande derrota. Mas isto só é conhecido dos católicos. Por amor de seu Filho, Ela quis ficar esquecida para que Ele reinasse e tivesse um papel primordial.
Mesmo no que respeita aos seus sofrimentos, só aceitou um papel de segundo plano, o que era indispensável. Os Apóstolos, no entanto, estavam constantemente a ver como Ela se humilhava, como tudo previa extraordinariamente, quanto sofria, o que era obrigada a suportar e a padecer. Ela é muito pouco engrandecida nos Evangelhos. Se ao menos, não tivesse sido tão humilde! Mas coube-nos ainda esta vantagem, que deu origem às seitas. Mas também isso foi permitido por Deus.
E - Em nome do Pai... da Imaculada Conceição, da Rosa Mística, tens de falar agora belzebú, tens de dizer toda a verdade!
B - A partir desse momento apareceram as seitas. Os seus adeptos pensavam que Maria desempenhara apenas um papel marginal, que fôra escolhida apenas para receptáculo d'Esse que está lá em cima (aponta para cima), e que poderia agora desaparecer como uma velha...; não me deixaram utilizar a expressão.
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...)!
B - Nós somos delicados. Nós não usamos palavras “muito grosseiras.” Apenas os condenados humanos as dizem. Nós somos mais delicados que esses. Devo acrescentar outra coisa que me ocorreu agora. Quando Judas foi obrigado a falar, no dia 31 de Outubro, não foi Judas que riu pela boca desta mulher (a possessa). É que Judas nunca ri. Como nós já uma vez dissemos, Judas está no canto mais sombrio. Ele é o desespero personificado. Quando Judas foi obrigado a falar, não foi ele que riu, pela boca dessa mulher, foram os condenados humanos que riram da malvadez (grita). É preciso que nunca esqueçais isto: Judas nunca ri. Nós tínhamos que dizer isto. Esta observação refere-se às revelações de Judas, em 31 de Outubro.
E - E agora tens mais alguma coisa a acrescentar? Continua, sob as ordens da Santíssima Virgem e da Santíssima Trindade (...)!
B - Sim, esta charlatã... E agora chego ao ponto de questão, mas não quero dizer, não quero dizê-lo.
Fonte: Derradeiras Graças
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