15 de novembro de 2011

Paulo VI maçom?!!

A desconfiança e hostilidade relativamente à “abertura” de João XXIII e de Paulo VI, rumo às pressões do mundo moderno, eram devidas à suspeita de que tais Pontífices conduziam uma obra de destruição subtil, dirigida pela Maçonaria para impor o reino de Satanás, destruindo a autêntica Fé em Deus, em Jesus Cristo, Filho de Deus, e na Virgem Maria.
Em 1965, Paulo VI recebe no Vaticano o Chefe da Loja P2, Licio Gelli. A seguir, Paulo VI concede a Gelli o grau de Comendador: “Equitem Ordinis Sancti Silvestri Papae”.
 
A ABERTURA DE PAULO VI À MAÇONARIA
 
A Igreja Católica sempre condenou a “seita maçónica”. Primeiro foi o Papa Clemente XII, em 1738. Depois deste, todos os Pontífices renovaram a condenação, as sanções, as admoestações.
Cito as principais encíclicas contra a Maçonaria:
– PROVIDAS de Bento XIV de 18.5.1751;
– ECCLESIAM de Pio VII de 13.9.1821;
– QUO GRAVIORA, C. A. de Leão XII de 13.3.1825;
– TRADITI de Pio VIII de 24.5.1829;
– QUI PLURIBUS de Pio IX de 9.11.1846;
– QUIBUS QUANTISQUE de Pio IX de 20.4.1849;
– HUMANUM GENUS de Leão XIII de 20.4.1884;
– PASCENDI de S. Pio X de 8.9.1907.
Bento XIV abençoa a trabalho de Mons. Jouin: “Contra as seitas inimigas da religião”.
Pio XII, em 24 de Julho de 1958, denunciou a Maçonaria como raiz do ateísmo científico, do materialismo, da dialéctica, do racionalismo, do laicismo.
O Papa João XXIII, em 1960, recordou ao Sínodo Romano: «Em quanto concerne à seita maçónica, os fiéis devem recordar-se que a pena estipulada no Código de Direito Canónico (cân. 2335) está ainda em vigor.
Em 5 de Janeiro de 1954, o Santo Ofício condenou uma obra do Grão-mestre da Maçonaria austríaca.
Em 20 de Fevereiro de 1959, a Assembleia Plenária dos Cardeais, Arcebispos e Bispos argentinos, publicou uma “Declaração” em que recordava a condenação formal dos Papas Clemente XII e São Pio X.
Mas, depois, veio a nova orientação da Igreja, confirmada pelo mação Ives Marsaudon num seu livro. Infelizmente, esta “nova atitude” da Igreja foi a virada do Vaticano II, guiado por João XXIII, primeiro, e depois por Paulo VI, o qual adoptou repentinas posições ecuménicas e liberais para com a Maçonaria.
Para aclarar este aspecto de Paulo VI, vejamos alguns dos seus “feitos” e “ditos”:
1.O elogio fúnebre do Grão Mestre do Palazzo Giustiniani, Giordano Gamberini, feito na “La Rivista Massonica”, conclui dizendo: «... Pela primeira vez na História, os mações podem prestar homenagem ao túmulo de um Papa, sem ambiguidade nem contradição».
Entre 1948 e 1950, o então Mons. Montini disse ao P. A. Morlion, OP: «Não passará uma geração e, entre as duas sociedades (Igreja e Maçonaria), será feita a paz». Essa paz, de facto, foi sancionada por uma carta de 19 de Julho der 1974 do Card. Seper, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ao Card. Krol, Presidente da Conferência Episcopal dos EUA.
2. Numa carta privada do Conde Léon Poncins, perito em questões maçónicas, lê-se: «… Com Pio X e Pio XII, nós, franco-mações, podemos bem pouco, mas com Paulo VI vencemos!»
3.Um chefe da Maçonaria, o Sr. Marsaudon, no seu livro “O Ecumenismo visto por um Franco-mação de Tradição”, falando de Montini, escreveu: «Pode verdadeiramente falar-se de Revolução, a qual, a partir das nossas lojas maçónicas, se estendeu magnificamente sobre a Basílica de São Pedro».
De facto, a “Reforma Litúrgica” foi prevista pelo mação Roca, em 1883. Escreveu: «Num Concílio Ecuménico (Vaticano II – N.R.) a Igreja sofrerá uma transformação que a porá de harmonia com a civilização moderna».
4.Paulo VI anula a “censura” sobre a Maçonaria, pelo que o Grão-mestre Lino Salvini, em 18 de Março de 1978, poderá dizer: «As nossas relações com o Vaticano são óptimas!» A Maçonaria, de facto, penetrou na Igreja de Paulo VI.
Comprova-o as “leis maçónicas” que entraram na Igreja no seu Pontificado, como as do aborto, divórcio, separação entre a Igreja e o Estado, degradação dos Seminários e das Congregações Religiosas… Um verdadeiro “plano maçónico” como o da ONU e da UNESCO. Foi o lançamento da sua “religião do homem”, um conceito caracterizadamente maçónico.
5.Recordo também a sua visita à ONU, onde, antes de recitar o seu discurso humanista, Paulo VI entrou na “Meditation Room”, santuário maçónico, no centro do qual está “um altar para um Deus sem rosto”.
6. Durante a sua viagem à Terra Santa, em 1964, no Monte das Oliveiras, Paulo VI abraçou o Patriarca Ortodoxo Atenágoras I, mação de grau 33!
7. Desde essa viagem à Terra Santa, em 1964, Paulo VI começou a usar o Ephod, colar que o Pontífice judeu, Caifás, ostentava quando condenou Jesus Cristo à morte, porque Se declarou “Filho de Deus”! O Ephod, deste modo, assume o significado de negação da divindade de Jesus Cristo.
8. Em 13 de Novembro de 1964, Paulo VI depõe no altar a “Tiara” (tríplice coroa, símbolo dos poderes do Papa), renunciando a ela definitivamente. Além disso, dará o “seu báculo” e o seu “anel” ao budista birmanês e mação U’ Thant, Secretário-geral da ONU.
9. Em 7 de Dezembro de 1965, na conclusão do Vaticano II, disse na homilia: «… A religião de Deus que Se fez Homem, encontrou-se com a religião – porque é uma – do homem que se faz Deus»… É de observar que “a religião do homem que se faz Deus” é a religião da auto-divinação do homem da Maçonaria.
Mas “o homem que se faz Deus”, no entanto, comete o pecado de Lúcifer e segue o conselho da serpente bíblica: «Sereis como deuses”. Isto não é senão o pensamento do herético teólogo Teilhard de Chardin, sectário mação da Ordem Martinista e considerado a “alma” do Vaticano II. Nada de admirar, então, se na Comissão Directiva para uma “Bíblia de concórdia”, Paulo VI quis também o Grão-mestre do Grande Oriente de Itália, Prof. Giordano Gamberini, um dos fundadores e “Bispo” da “Igreja Gnóstica” italiana, que é a “igreja satanista”, fundada em França, em 1888.
10. Em 23 de Março de 1966, Paulo VI coloca no dedo do Dr. Ramsey, laico e mação, o seu “novo anel” conciliar, e depois, juntamente com ele, dá a “bênção” aos presentes.
11. Em 3 de Junho de 1971, Paulo VI recebe em audiência pública, no Vaticano, membros da “Loja Maçónica” da B’nai B’rith, a mais poderosa loja maçónica, reservada aos judeus, aos quais Paulo VI chamou “meus caros amigos”!
12. Em 29 de Novembro, “a Conferência dos Bispos Católicos e a Liga Antidifamação da B’nai B’rith anunciaram a formação de um, grupo comum de trabalho, destinado a examinar os problemas relativos à fé dos judeus e dos católicos.”
13. Numa carta ao Grão-mestre Gamberini, o P. Rosário Esposito escreve que «uma série de decisões de Paulo VI são uma indiscriminada abertura à Maçonaria».
14. O Grande Comendador do Supremo Conselho da Maçonaria do México, Carlos Vasquez Rangel, revelou que «Angelo Roncalli fora iniciado na Maçonaria em Paris». De facto, «estava em Paris quando os não-iniciados Angelo Roncalli e Giovanni Montini foram iniciados, no mesmo dia, nos augustos mistérios da Fraternidade. Por isso, não é estranho que muita coisa que foi realizada no Concílio Vaticano II por João XXIII fosse baseada em princípios e postulados maçónicos» (cf. “Processo” n. 832, 12 de Outubro de 1992, citado por C.D.I. Reportes, Maio de 1995, nº 179, p. 4).
15. De várias partes e muitas vezes, de maneira objectiva, por vezes violenta, se insinuou que também Paulo VI – segundo peritos de heráldica e nobreza – seria descendente de judeus convertidos (entre várias fontes, citamos Paul Scortesco, “L’Église condannée”, suol. “Lumiére” nº 148, 1976, pp. 23 e ss.; Leon De Poncins, “Christianisme et Franc-Maçonnerie”, Ed. de “La Pensée Française”, Chiré, p. 272, nota 5); além disso, teria sido “iniciado” na Loja da B’nai B’rith, e sempre teve boas relações com franco-mações e ambientes judaicos! (Pode ver-se a “documentação” sobre o pensamento e a “obra maçónica” de Paulo VI em “Forts dans la Foi”, nºs 46 e 47, 1976, nos artigos do Padre Simon e Guérard des Lauriers).
16. Não se pode ignorar, além disso, que a eleição ao Papado do Card. Montini foi devida à intervenção da Alta Maçonaria Judaica da B’nai B’rith. Documento escrito pelo Príncipe Scotersco, primo-irmão do Príncipe Borghese, Presidente do Conclave que elegeu Montini a Supremo Pontífice, contém a seguinte informação sobre o Conclave de 21 de Junho de 1963: «Durante o Conclave saiu um Cardeal da Capela Sistina, para se encontrar com representantes da B’nai B’rith, e anunciou-lhes a eleição do Cardeal Siri. Responderam dizendo que as perseguições contra a Igreja seriam imediatamente retomadas. Regressando ao Conclave, fez eleger Montini»!
[...]
O Vaticano II era composto também por liberais e modernistas que, todavia, dissimulavam a sua pertença ideológica à Maçonaria. Por exemplo, o mação Card. Liénnart, que, provocando a rejeição da discussão dos esquemas preparados pelo Santo Ofício, queridos por João XXIII, transformou o Vaticano II numa Torre de Babel de tipo maçónico.
Aqui chegados, a hipótese da invasão maçónica do Vaticano já não é uma simples hipótese, mas uma realidade que lança luz sobre o Modernismo de Paulo VI, sobre o seu deixar andar a demolição da Igreja, sob o seu encarniçamento na destruição dos Estados Católicos, sobre a sua abertura ao Leste e o seu comportamento ideológico, ainda antes do seu discurso à ONU, um dos mais altos lugares da Maçonaria.
Recordemos a sua falta de oposição ao projecto do seu amigo Mons. Etchegaray, Presidente da Conferência Episcopal Francesa e Bispo de Marselha, quando quis dotar o Santuário de Nossa Senhora da Guarda com uma capela para os budistas e outra para os muçulmanos.
Esta era uma intenção tipicamente maçónica!
Tudo isto explica os altares voltados para o povo, a Comunhão na mão, o fim da Missa Tradicional, os Catecismos heréticos para corromper a Fé, etc., que nos fazem lembrar a advertência da Senhora de La Salette: «Roma perderá a Fé e tornar-se-á a sede do Anti-Cristo»; e a da Senhora em Fátima quando disse: «Satanás conseguirá introduzir-se até ao cimo da Igreja»!
Neste ponto, já ninguém se pode espantar com a veracidade da “Lista Pecorelli”, que contém 121 nomes de altos Prelados inscritos na Maçonaria.
Note-se que, pelo menos os principais e mais chegados e poderosos, eram colaboradores de Paulo VI.
 
1° Mons. Pasquale Macchi
Foi seu secretário pessoal de 1967 a 1978, mas seu próximo desde 1954. Pois bem, também o seu nome está incluído na “Lista Pecorelli”, com os “dados”: inscrição: 23/4/1958: matrícula: 5463/2; nome de código: MAPA.
2° Cardeal Jean Villot
Foi muitos anos Secretário de Estado de Paulo VI, a seguir do Papa João Paulo I e, depois, de João Paulo II até à sua morte (em 9.3.1979).
O General G. Leconte, dos “Serviços Secretos franceses e o oficial Masmay afirmaram explicitamente que o Card. Villot era mação, e que “os seus pais eram ambos mações da Loja Rosa-Cruz”!
Eis os seus “dados”: inscrição: 6/8/1966; matrícula: 041/3; nome de código: JEANNI.
3° Cardeal Agostino Casarolli
Em 20 de Outubro de 1985, o Card. Casarolli, por ocasião das celebrações do 40º aniversário da ONU, fez, na Igreja de São Patrício de Nova Iorque, “uma homilia de grande fôlego”, cujo conteúdo “atesta que a concordância entre a Igreja e a Maçonaria podia ser considerada, de facto, adquirida”.
O Ven. Ermnegildo Benedetti, já “Grande Orador” do “Grande Oriente de Itália”, falando dos “irmãos” ao semanário “Oggi”, em 17 de Junho de 1981, declarou: «Dizia-se de Mons. Bettazzi, de Mons. Casarolli (...). Fique bem claro: não eram falatórios de corredor; eram “informações reservadas” que nós trocávamos, nós, os do vértice da Maçonaria Italiana».
Que o Card. Casarolli fosse “mação”, admitiu-o também o Papa João Paulo II. De facto, em 15 de Outubro de 1984, veio ver-me um Arcebispo, colaborador chegado do Papa, com o seu secretário. Disse-me ter dado a ler ao Pontífice o meu artigo “A nova Concordata” (Chiesa Viva, nº 145), no qual o primeiro indicado era exactamente o Card. Casarolli. Pois bem, o Arcebispo disse-me que, depois de ter notado ao Papa que o artigo evidenciava a presença do Card. Casarolli na lista maçónica, João Paulo II, batendo três vezes o punho na mesa, exclamou: «Já sei!... Já sei!... Já sei!...»
Os seus “dados” são: inscrição: 28/9/1969; matrícula: 41/076; nome de código: CASA.
4° - Cardeal Ugo Poletti
Foi Vigário de Roma e, nessa qualidade, representante de Paulo VI no Governo da Diocese de Roma. Os seus “dados” são: inscrição: 17/2/1969; matrícula: 43/179; nome de código: UPO.
5° - Cardeal Sebastiano Baggio
Foi Prefeito da “Congregação dos Bispos” e, deste modo, propunha a nomeação dos novos Bispos, não obstante a acusação pendente de pertencer à seita maçónica, pelo que podia inundar as dioceses de todo o mundo com inscritos nas Lojas ou com filomações! Os seus “dados” são: inscrição: 14/8/1957; matrícula: 85/2640; nome de código: SEBA.
6° - Cardeal Joseph Suenens
Foi um dos grandes eleitores de Paulo VI. Suenens participou numa espécie de “pré-conclave”, reunido na Vila de Grottaferrata de Umberto Ortolani, famoso membro da Loja P2 de Licio Gelli! O Hon. Andreotti, no seu livro “A ogni morte di Papa”, falando daquela reunião, refere que um dos interventores lhe disse que “já estava conseguida a maioria canónica!”
Depois da sua eleição, Paulo VI nomeou Suenens “Moderador” do Concílio”.
Os seus “dados” são: inscrição: 15/6/1967; matrícula: 21/64; nome de código: IESU.
7° - Bispo Annibale Bugnini
Foi afastado por João XXIII do Ateneu Pontifício onde ensinava, mas Paulo VI chamou-o para lhe confiar a Reforma Litúrgica, nomeando-o, primeiro, Secretário do “Concilium ad exequendam Constitutionem de Sacra Liturgia”, e, depois, Secretário da Congregação para o Culto Divino.
No entanto, quando um Cardeal apresentou a Paulo VI a “prova” da pertença de Mons. Bugnini à Maçonaria, Paulo VI foi obrigado a afastá-lo de Roma, enviando-o como “pró-Núncio” para Teerão (Irão).
Os seus “dados” são: inscrição: 23/4/63; matrícula: 1365/75; nome de código: BUAN.
8° - Cardeal Franz Köenig
Foi Arcebispo de Viena. Teve dois processos civis, sendo em ambos reconhecida a sua pertença à Maçonaria. No jornal Católico “DRM” aparece um processo contra o professor Católico e escritor alemão E.K., o qual provou a filiação na Loja maçónica do Cardeal Köenig. Também o histórico membro da Maçonaria, Prof. Aldo Mola, indicou Köenig como pertencente à Maçonaria. É bom lembrar que, no Concílio, foi o Card. Köenig que recomendou aos Padres Conciliares “tomar, finalmente, em consideração a ideia (de cunho maçónico) de Teilhard de Chardin sobre o evolucionismo!”
9° - Cardeal Achille Liénart
Figura como “mação” em várias listas, como em “Introibo” de Julho de 1976 e no semanário italiano “Il Borghese”. Foi iniciado na Maçonaria em Cambrai, em 1912, e em 1924 foi elevado ao grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceite.
O franco-mação Sr. B. contou que, no tempo em que frequentava a Loja, encontrava o Card. Liénart!
É bem compreensível, então, que aquele Cardeal mação, no leito de morte, tenha exclamado: «Humanamente falando, a Igreja está perdida!»
10° - Bispo Paulo Marcinkus
Foi Presidente do Instituto de Obras da Religião (IOR) e implicado em obscuras vicissitudes financeiras, em estreitíssima colaboração com a Máfia e a Maçonaria.
Os seus “dados” são: inscrição: 21/8/1967; matrícula: 43/649; nome de código: MARPA.
Como final, quase a confirmar de modo autorizado a filiação de Paulo VI na Maçonaria, quero citar o Giornale Massonico Italiano (cf. “Rivista Massonica nº 5, Julho de 1978, vol. LXIX-XII, nova série), que publicou um “tributo” a Paulo VI que continha quanto segue:
«Para muita gente, essa (a morte de Paulo VI) é a morte de um Papa; evento providencialmente raro, mas que acontece ainda a distância de anos e decénios. Para nós, é a morte daquele que pôs fim à condenação de Clemente XII e dos seus sucessores. Pela primeira vez na história da Maçonaria moderna, o chefe da maior Religião do Ocidente não morre em hostilidade com os Franco-mações. E pela primeira vez na história, os Franco-mações podem render homenagem à sepultura de um Papa (Paulo VI) sem ambiguidade nem contradição».
 
***
 
Perante esta dramática situação da Igreja, a surpresa dos fiéis deve-se, principalmente, ao facto de ignorarem a existência de 586 documentos eclesiásticos que condenam a “seita satânica” da Maçonaria, emitidos durante 260 anos, desde 1798 até hoje.
Ademais, ignoram o “plano maçónico” denunciado pelo Papa Leão XIII na sua encíclica “Humanum genus”, isto é, que «o supremo objectivo dos franco-mações é este: destruir de cima a baixo toda a ordem religiosa e social, que foi criada pelo Cristianismo e, baseando-se nos fundamentos e normas do Naturalismo, refazê-la totalmente».
Ora, este “plano maçónico” de destruição da Igreja de Cristo está agora em execução.
Nas “directivas” maçónicas de 1961, lê-se: «O Concílio Vaticano II é a ocasião, a grande ocasião por nós longamente esperada para o triunfo das nossas idéias, dado que os mações já estão operativos em todos os níveis da Hierarquia Eclesiástica».
Mas, a arma para a destruição da Igreja é a corrupção e a mentira. Nos documentos da Alta Vendita, de facto, lê-se: «Corromperemos os povos por intermédio do Clero e o Clero por nosso intermédio» e ainda: «Faremos o Clero marchar sob a vossa (Maçonaria) bandeira, pensando marchar sob a bandeira das Chaves Apostólicas!»…
Esta realidade, infelizmente, isto já está sob os nossos olhos.
Leão XIII já o previra. O mação e alto iniciado Tommaso Ventura tinha reconhecido a “Humanum genus” como «o mais solene documento antimaçónico. O Papa vê muito bem, compreende o que é a Maçonaria, desvelou a sua fisionomia exacta, pôs a nu as suas aspirações em termos inequívocos».
Mas, então, porquê tantos Bispos e tanto Clero estão, actualmente, marchando sob a bandeira maçónica? É só ingenuidade, ignorância, ou é traição à Fé?
Uma traição que segue a de Paulo VI?
 
***
 
O meu interesse e a minha actividade antimaçónica começaram devido a um encontro não programado com Padre Pio, o qual me impôs a missão de dedicar toda a minha vida à defesa da Igreja de Cristo contra a obra da Maçonaria eclesiástica.
Mas foi num encontro posterior que Padre Pio me deu instruções específicas para esta “missão”, terminadas com um abraço e estas palavras: «Coragem, coragem, coragem, porque a Igreja já está invadida pela Maçonaria… A Maçonaria já chegou às pantufas do Papa!» Estava-se na segunda metade de 1963 e o Pontífice era Paulo VI.
Estas últimas palavras de Padre Pio foram a atribuição de uma tarefa e de um objectivo específico. Foi assim que, após a aprovação inicial desta minha “missão” por Pio XII e sob a direcção do Card. Ottaviani, Prefeito do Santo Ofício, iniciei o trabalho de indagação e de busca de documentos, o que me levou a descobrir, posteriormente, que além das pantufas de Paulo VI, a Maçonaria já tinha chegado também a muitas meias vermelhas de Bispos e Cardeais da Santa Igreja Romana.
O meu maior esforço, no entanto, foi a publicação do livro “Paolo VI beato?” (seguido de mais dois: “Paolo VI, processo a un Papa?” e “La ‘nuova chiesa’ di Paolo VI”), obra indispensável para bloquear a causa de beatificação de Paulo VI e a qual contém as provas da pertença de Paulo VI à Maçonaria, sendo a principal o quadro nº 12 da “porta de bronze” da Basílica de São Pedro.
Neste quadro nº 12, no dorso da mão esquerda da figura que representa Paulo VI, sobressaía uma “estrela de cinco pontas” inscrita num círculo. Tal símbolo, tipicamente maçónico, que representa “a religião do homem que se faz Deus”, depois da minha intervenção em alto nível, primeiro foi raspado; seguidamente, o quadro nº 12 foi substituído por outro.
Mas, nos trabalhos de pesquisa que efectuei, além de várias citações que comprovam a filiação de Paulo VI na Maçonaria, descobri que na pedra tumular de Giuditta Alghisi (mãe de Paulo VI), no cemitério de Verolavecchia (província de Brescia), estavam gravados, bem visíveis, símbolos maçónicos (esquadro, compasso, triângulo, etc.); obra – ao que se diz – desenhada pelo seu filho Giovanni Battista Montini.
Por outro lado, fez-se um estudo sobre o monumento a Paulo VI no Sacro Monte de Varese, cujo resultado foi que a essência da obra coincidia com a frase conclusiva do meu primeiro livro, “Paolo VI beato?”: «Quer dizer, um Paulo VI que traiu Cristo, a Igreja, a História». Só que a Maçonaria indica as “três traições” como os “três actos de justiça” do mação Paulo VI, no confronto de Cristo, da Igreja e da História!
No peito da estátua de Paulo VI neste monumento, além disso, ressalta um pendente quadrangular, que o autor do estudo demonstrou ser o Ephod do Sumo-sacerdote Judeu, Caifás!
Ora, é verdade que Paulo VI usou o Ephod no peito durante vários anos depois da sua visita à Terra Santa, mas o facto de que a Maçonaria tenha querido colocar tal símbolo no seu peito, num monumento que glorifica o mação Paulo VI e a própria Maçonaria, faz surgir a suspeita de que a posição de Paulo VI na hierarquia maçónica fosse realmente do vértice, se não verdadeiramente “o vértice”!


Fonte: Revista Chiesa Viva

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