9 de novembro de 2011

O Grande Castigo


O Grande Castigo que é revelado no Terceiro Segredo de Fátima é apresentado concisamente pela Irmã Lúcia na carta de uma só página que dirigiu ao Bispo D. José Correia da Silva, contendo o ‘Terceiro Segredo’. O Segredo a que o Cardeal Ratzinger se referiu na entrevista à Jesus está nessa carta. Quando disse: "Sim, eu li-o", Ratzinger estava a referir-se a essa carta, "em que a Irmã Lúcia escreveu as palavras que Nossa Senhora confiou aos três pastorinhos, como Segredo, na Cova da Iria."11

Eram estas palavras de Nossa Senhora a que o Cardeal Ratzinger se referia, quando disse, na entrevista à Jesus, que o Terceiro Segredo se refere aos "perigos que ameaçam a Fé e a vida do Cristão, e, consequentemente, do mundo", acrescentando que "o conteúdo deste ‘Terceiro Segredo’ corresponde ao que é anunciado nas Sagradas Escrituras e que tem sido dito, muitas e muitas vezes, em várias outras aparições de Nossa Senhora ..." É examinando o que "tem sido dito, muitas e muitas vezes, em várias outras aparições de Nossa Senhora" que descobriremos os "perigos que ameaçam a Fé e a vida do Cristão, e, consequentemente, do mundo" que foram "anunciados nas Sagradas Escrituras" e preditos nas profecias.

Em 13 de Outubro de 1973, a Santíssima Virgem Maria apareceu em Akita, no Japão, à Irmã Agnes Sasagawa, e revelou: "Se os homens não se arrependerem ... O Pai fará cair um terrível castigo sobre toda a humanidade. Será um castigo maior do que o dilúvio, um castigo como ninguém viu antes. Cairá fogo do céu e destruirá uma grande parte da humanidade".

A Beata Anna Maria Taigi (†1837) escreveu o seguinte sobre o castigo que se aproxima:

"Deus ordenará dois castigos: Um, na forma de guerras, revoluções e outros males, terá a sua origem na terra; o outro será enviado do Céu. Virá por sobre toda a terra uma escuridão intensa, que durará três dias e três noites (Joel 2:31)12 ... o ar ficará carregado de pestilência, que levará sobretudo, mas não exclusivamente, os inimigos da religião ..."

O primeiro castigo será ao mesmo tempo físico e espiritual: guerras e revoluções, etc. serão a substância do castigo físico; "várias nações serão aniquiladas"; e as "perseguições à Igreja e ao Santo Padre" serão o castigo espiritual: "os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer".

Em 1945, pouco tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o Papa Pio XII disse na sua mensagem de Natal aos Cardeais: "O Mundo está à beira de um terrível abismo ... Os homens devem preparar-se para um sofrimento tal como a humanidade nunca viu." Haverá uma grande guerra mundial, muito mais destruidora do que as duas primeiras guerras. A Irmã Elena Aiello (†1961), de grande nomeada pelas suas profecias, ouviu de Nossa Senhora:

"O Meu Coração está triste por tantos sofrimentos num mundo que se aproxima da ruína ... A ira de Deus está próxima. Em breve o mundo será atormentado por grandes calamidades, revoluções sangrentas, horríveis furacões e inundações de rios e dos mares ... o mundo será subvertido numa nova e mais terrível guerra. Armas excepcionalmente mortais destruirão povos e nações. Os ditadores da terra, espécimes infernais, demolirão as Igrejas e profanarão a Sagrada Eucaristia, e destruirão as coisas que nos são mais queridas. Nesta guerra ímpia, muito do que foi construído pelas mãos do homem serão destruídas ...

"Outra guerra terrível virá do leste para o oeste. A Rússia, com os seus exércitos secretos, lutará com a América; devastará a Europa. O rio Reno transbordará de cadáveres e de sangue. A Itália, também, será agitada por uma grande revolução, e o Papa sofrerá terrivelmente ...

"A Rússia marchará sobre todas as nações da Europa, em especial a Itália, e hasteará a sua bandeira sobre a cúpula de S. Pedro. A Itália será afligida severamente por uma grande revolução, e Roma será purificada dos seus muitos pecados, especialmente os da impureza ..."

Na aparição de Nossa Senhora do Bom Sucesso, que ocorreu em 2 de Fevereiro de 1634, a Mãe de Deus revelou à Madre Maria Ana de Jesus Torres:

"Haverá uma guerra terrível, em que correrá o sangue de sacerdotes e de religiosos ... o mal parecerá ter triunfado." O mesmo foi predito pela Irmã Rose Asdente de Taggia (†1847): "Haverá uma grande confusão de povo contra povo, e nações contra nações. Os russos," explicou, "virão fazer guerra à Itália ... Padres e religiosos serão chacinados, e a terra, especialmente na Itália, será regada com o seu sangue."

Recordemos uma profecia escrita há séculos numa pedra tumular inglesa: "Quando os quadros parecerem vivos, com movimentos livres, quando os barcos nadarem como peixes pelo fundo do mar, quando os homens voarem pelo céu, superando os pássaros, então metade do mundo irá perecer, atolado em sangue." Parece, pois, que a cidade semi-destruída na visão de Fátima publicada em 26 de Junho de 2000 representa a destruição de metade do mundo: metade do género humano, mais de três mil milhões (3,000,000,000) de seres humanos morrerão no castigo, como diz a profecia da pedra tumular. A Irmã Lúcia referiu-se a este tema em 26 de Dezembro de 1957, quando disse ao Padre Fuentes: "Diga-lhes, Senhor Padre, que a Santíssima Virgem repetidas vezes, tanto aos meus primos Francisco e Jacinta como a mim, nos disse que muitas nações desaparecerão da face da terra, que a Rússia seria o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo, se antes não alcançássemos a conversão dessa pobre nação."

Parece que o mundo está hoje, de facto, "à beira de um terrível abismo". As revelações proféticas feitas à Irmã Elena Aiello confirmam as profecias anteriores de S. João Bosco, da Beata Anna Maria Taigi e de outros, segundo as quais iria haver uma grande guerra contra as nações ocidentais, feita pela Rússia, pela China e pelas nações islâmicas. A maioria dos americanos não faz ideia de como a situação geopolítica é perigosa. Engoliram por completo a ideia de que os Estados Unidos são a única superpotência mundial, e portanto acreditam que os Estados Unidos podem impor a sua vontade onde quiserem.

Na realidade, só há uma superpotência militar no mundo, que é a Rússia. "A Rússia," explica Donald McAlvany, "(a ‘antiga’ União Soviética) ainda possui a maior máquina militar do mundo; o maior arsenal de mísseis nucleares ... o maior arsenal de tanques, veículos blindados, submarinos nucleares, mísseis intercontinentais (ICBM) e mísseis lançados de submarinos (SLBM), e de aviões militares do mundo."13

Conquistar todo o mundo continua a ser a intenção da Rússia Soviética. Num discurso feito na década de 1930 à Escola Lénine de Guerra Política, em Moscovo, Dimitri Manuilski declarou: "A guerra total entre o comunismo e o capitalismo é inevitável. Mas hoje somos demasiado fracos para atacar. A nossa vez chegará daqui a 30 - 40 anos. Mas primeiro devemos fazer adormecer as nações capitalistas com as maiores concessões de paz e desarmamento conhecidas na história. E então, quando abaixarem as defesas, esmagá-las-emos com o nosso punho fechado."

A Rússia Soviética sempre aderiu de forma inabalável a esta política, desde então até ao presente. Em Novembro de 1987, o Presidente soviético Mikhail Gorbachev afirmou, num discurso ao Politburo: "Senhores, Camaradas, não se preocupem com tudo o que ouvirem sobre glasnost e perestroika e democracia nos próximos anos. Tudo isso é sobretudo para consumo externo. Não haverá mudanças internas significativas na União Soviética, a não ser para fins cosméticos. O nosso fim é desarmar os americanos e deixá-los adormecer."

Os chefes militares soviéticos são discípulos de Sun Tsu, autor da Arte da Guerra, que escreveu em 500 A.C.: "Avançamos retirando." A retirada foi o desmantelamento do estado estalinista, ineficiente e burocrático, a União Soviética, restruturando-o na forma do estado leninista actual, a Rússia Soviética. No número do Inverno de 1993 da revista The Fatima Crusader, escrevi:

A Europa está a afastar-se do equilíbrio de poderes, surgido no após-guerra, entre o bloco NATO-CEE e o bloco do Pacto de Varsóvia-COMECON. Gorbachev está a promover a dissolução dos blocos e o reordenamento da Europa numa só unidade. Uma Europa unida e neutra será uma aglomeração de pequenos estados dominados pelo gigante soviético. Com os seus vastos recursos, população e armas, a União Soviética será facilmente o senhor de toda a Europa. Não me surpreende que o novo slogan na Rússia seja "dominar da Sibéria à Ibéria".14

Os Soviéticos cumpriram o seu programa de dissolução dos blocos e do reordenamento da Europa numa só unidade, com a entrada da Rússia na aliança da NATO, com o estatuto de participante. Isto foi dito muito abertamente pelo Presidente soviético Vladimir Putin, quando afirmou em Roma em 28 de Maio de 2002, sobre a NATO: "havemos de nos chamar ‘a Casa dos Sovietes’." Putin conseguiu o que Brezhnev tinha promovido com a détente. Brezhnev promoveu a "détente" pela mesma razão de conquista que Manuilski tinha anunciado nos anos 30. Sabe-se que Leonid Brezhnev, falando confidencialmente a um grupo de membros influentes do Partido Comunista, disse em 1972: "Confiem em nós, camaradas, porque por volta de 1985, em consequência do que já estamos a conseguir com a détente, teremos alcançado a maior parte dos nossos objectivos na Europa Ocidental. Teremos consolidado a nossa posição ... E a mudança decisiva na correlação de forças será tal que, chegados a 1985, poderemos exercer a nossa vontade onde quer que precisarmos de o fazer..."

Demorou mais tempo do que Brezhnev tinha calculado para este plano se tornar realidade, mas a fidelidade constante dos dirigentes da Rússia Soviética ao programa anunciado por Manuilski colocou-os numa posição em que podem usar do seu poder onde quer que queiram. É sua intenção conquistar os Estados Unidos por meio de um plano militar conjunto russo-chinês. Em Fevereiro de 2002, Donald McAlvany anotou: "O plano para uma campanha militar conjunta contra a América, levada a cabo pela Rússia e pela China, foi concebido há muitos anos, e foi-me descrito em 1999 pelo desertor de maior patente da Direcção Central de Informações do Estado Maior General russo, o Coronel Stanislav Lunev."15

"Sobre a existência de um plano militar conjunto russo-chinês," continua McAlvany, "Lunev disse que, na sua última visita a Moscovo, antes da sua deserção de 1992, o Estado-maior General russo ainda estava incumbido de combater e vencer uma futura guerra nuclear contra a América. ‘O plano da guerra nuclear ainda está válido,’ disseram-lhe. Mas haveria algumas mudanças. As tropas russas já não seriam responsáveis pela invasão subsequente dos 48 Estados da metrópole americana. As forças russas encarregar-se-iam de ocupar ‘o Alaska e parte do Canadá.’ Os chineses seriam responsáveis pela ocupação dos 48 Estados."

A força de mísseis nucleares da Rússia Soviética e o imenso potencial humano da China Vermelha uniram-se num só punho fechado que forma o coração do Novo Eixo, a que também se poderia chamar Eixo Moscovo-Pequim. Richard Maybury inventou a expressão Novo Eixo em 1996. Não se limita à Rússia e à China, que assinaram o Tratado de Amizade Chinês-Russo em Julho de 2001 e afirmaram claramente os seus interesses estratégicos conjuntos contra os Estados Unidos, mas também inclui muitas outras nações que entraram numa aliança secreta contra os Estados Unidos e os seus aliados da NATO. Maybury explica no número de Fevereiro de 2003 do Early Warning Report que "o grupo consiste de, pelo menos, 12 membros," entre eles o Irão, o Iraque, a Coreia do Norte, a Síria, a Líbia, Cuba, etc.

O Governo dos Estados Unidos está ao corrente da existência do Novo Eixo: Em 10 de Outubro de 2002, o Vice-Secretário da Defesa, Paul Wolfowitz, disse que "A coisa que nos surgiu da Comissão Rumsfeld, a maior surpresa, foi compreender de que maneira estes agentes malignos (os estados do Novo Eixo) estavam a ajudar-se tanto uns aos outros, e além disso a quantidade de ajuda que vinha da Rússia e da China."

O Novo Eixo ultrapassa em muito o poder de armamentos e pessoal dos Estados Unidos. É intenção do Novo Eixo envolver os Estados Unidos em múltiplas guerras com os membros menos importantes do Eixo: primeiro no Afeganistão, depois no Iraque, em seguida talvez no Irão e na Coreia, e depois também, possivelmente, com a China por causa de Taiwan. Querem enfraquecer as forças armadas americanas, fazendo com que se espalhem por uma grande área e tenham falta de pessoal, e então atacarão com uma Blitzkrieg (guerra-relâmpago) enorme contra as nações europeias e a América do Norte. Isto será apenas o começo do Grande Castigo.


Indico a leitura: http://www.fatima.org/port/

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