Mas voltemos à exortação do Apóstolo: "Ó Timóteo, guarda o depósito (da fé), evitando novidades profanas das palavras ...". Evita-os, diz-lhe, como se faz com uma víbora, com um escorpião, com um basilisco, para que não somente o contato, ms nem sequer sua vista e hálito te firam.
Agora bem: que significa evitar? "...com este tal nem comer deveis". E também: "Se alguém vem a vós, e não traz esta doutrina" - e que doutrina, senão a católica e universal, que permanece sendo única e idêntica através dos séculos, em uma incorrupta tradição de verdade, que permanecerá assim sempre? - "não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda, participa (em certo modo) das suas obras más".
O Apóstolo nos falava de "novidades profanas das palavras". Agora bem, profano é o que não tem nada de sagrado nem de religioso, e é totalmente estranho ao santuário da Igreja, templo de Deus. As novidades profanas das palavras são, pois, as novidades concernentes aos dogmas, coisas e opiniões contrárias à tradição e a antiguidade; sua aceitação implicaria necessariamente a violação total ou em grande parte da fé dos Santos Padres. Levaria necessariamente a dizer que todos os fiéis e de todos os tempos, todos os Santos, os castos, os continentes, as virgens, todos os clérigos, os levitas e os bispos, os milhares de confessores, os exércitos dos mártires, um número tão grande de cidades e de povos, de ilhas e províncias, de reis, de gentes, de reinos e de nações - em uma palavra, o mundo inteiro incorporado a Cristo Cabeça, mediante a fé católica - durante um grande número de séculos ignorou, errou, blasfemou, sem saber em que devia crer: "Evita, pois, as novidades profanas das palavras", já que recebê-las e segui-las não foi nunca costume dos católicos, e sim dos hereges.
Em realidade, quantas heresias não surgiram senão sob um nome, em certo lugar e em uma época determinada? Quem jamais fundou uma heresia sem separar-se antes do acordo com a universalidade e a antiguidade da Igreja Católica?
(...)
Demonstram a todos com evidência que a atitude normal e ordinária de qualquer heresia é gozar nas novidades profanas e sentir fastio ante os dogmas da antiguidade, até o ponto de naufragar na fé por causa das discussões de uma falsa ciência. Por outro lado, é próprio dos católicos guardar o depósito transmitido pelos Santos Padres, condenar as novidades profanase, como muitas vezes repetiu o Apóstolo, lançar o anátema sobre quem tem a audácia de anunciar algo diverso do que foi recebido.
Muito bom seus posts, sempre enriquecedor
ResponderExcluirParabéns!!
Sempre aprendendo contigo minha linda.
ResponderExcluirConfesso não saber da existência desse livro.
Já anotei e vou comprar. Literatura sobre nossa religião é sempre gratificante.
Beijos meus e paz, amor, fé e esperança sempre!
Ro!
Queria Marili e querida Rô vcs estão comigo em todas as Santas Missas que assisto, conte sempre com minhas orações. Vou ver se acho o download deste livro e coloco logo mais aqui.
ResponderExcluirSalve Maria!