14 de maio de 2011

"Anticoncílio Maçônico" de 1869


Capa da Revista Chiesa Viva
Monitor Campista, 10/03/1985
Heri et Hodie, nº 59, novembro de 1988

Em 8 de dezembro de 1869 abriu-se em Roma o 1º Concílio do Vaticano. No mesmo dia, Ricciardi, deputado da Sabóia, inaugurava em Nápoles o “Anticoncílio Maçônico”, ao qual aderiram maçons de toda Europa.

Destacam-se Victor Hugo, Edgard Quinet, Michelet e notadamente Giuseppe Garibaldi, o homem da destruição do poder temporal dos Papas, Pio IX tencionava firmar a Fé do povo católico contra o Racionalismo e o Naturalismo, implantados pela Revolução Francesa.

A Maçonaria pretendia obviar a obra de Pio IX. Ricciardi sintetiza a tarefa do Concílio Maçônico nesta frase: “à cegueira e à mentira representadas pela Igreja Católica, particularmente o Papado, fazia-se uma declaração de guerra perpétua em nome do sagrado princípio da liberdade de consciência”.

Dia 16 de dezembro de 1869 o Concílio maçônico publicava suas resoluções: autonomia do Estado face à Religião, abolição da Religião de Estado, neutralidade religiosa do Ensino, independência da Moral diante da Religião.

A revista italiana católica “Chiesa viva” em seu número de novembro de 1984 dá o seguinte balanço, ao relacionar o anticoncílio maçônico de 1869 e o  Concílio do Vaticano II, realizado menos de um século depois:
 
“A quem considera, entre os documentos do Vaticano II, o parágrafo 75 da constituição “Gaudium et spes” e de modo particular, a declaração “Dignitatis humanae” sobre a Liberdade Religiosa, não pode não perceber que este concílio acolhe todos os mais importantes princípios do “Anticoncílio” de 1869, do qual, em conseqüência, queira-se ou não, vem a constituir-se a continuação ideal, na oposição ao Vaticano I e ao Sílabo”.

E mais uma vez se registra que o Vaticano II está no centro da Crise da Igreja.

Um comentário:

Ave Cor Mariae!